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Cuidado com o Gilmar no TSE. Ele está com a boca na botija

publicado 18/05/2010
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Conversei com Justiniano I, o Grande.

Justiniano I está preocupado com o tapetão.

Ou seja, com a tentativa do Serra de ganhar a eleição – já perdida – no tapetão do Tribunal Superior Eleitoral.

Me disse Justiniano:

- Você não prestou atenção às consequências da renuncia do Ministro Joaquim Barbosa à presidência do TSE.

- Sim, percebi que o Ministro Ricardo Lewandowski entrou no lugar dele.

- Você não se deu conta do quadro completo.

- Como assim ?, perguntei preocupado.

- Houve uma mexida geral e entraram como membros titulares os Ministros Marco Aurélio de Mello e a Ministra Carmen Lucia.

- Sim, eu já tinha percebido que o Ministro Mello – clique aqui para ler – já deu a entender que vem chumbo pra cima da Dilma.

- Mas, não se assuste com o Ministro Mello.

- Por que ?

- Porque o Ministro Mello já viu que ficar ao lado do Ministro Gilmar não é uma boa idéia.

- Como assim ?, perguntei, perplexo.

- O Mello não gosta do Gilmar e percebeu que o caminho da História é outro.

- E daí ?

- O Ministro Mello parece cada vez mais próximo das decisões do Ministro Joaquim Barbosa.

- Mas, eles não se bicavam.

- Mas, se bicam.

- É verdade ?

- Preste atenção.

- Mas, e o TSE ?

- O mais importante é que o Gilmar está com a boca na botija.

- Boca na botija ... O que quer dizer isso ?

- Sim, com a mexida, ele passou a ser membro suplente. Se alguém faltar, ele vota.

- Ou seja, se um dos titulares faltar ele pode dar o Golpe e eleger o Serra.

- Rapaz esperto...

- Mas, e quanto tempo o Gilmar ainda fica no Supremo ?

- Ele vai esperar a eleição.

- E se o Serra perder ?

- Se o Serra perder ele cai fora, sentenciou Justiniano I.

- Não aguenta a ministerial insignificância, como eu costumo dizer.

- Ele não aguenta ser derrotado.

- Como assim?

- Ele tem sido sistematicamente derrotado.

- É mesmo?

- Veja o caso da primeira cassação de um político.

- Ele perdeu.

- Sim, perdeu. Foi 5 a 2.

- E daí?

- Ele tentou virar o jogo no tapetão: tentou votar na hora de fixar a pena, mesmo tendo absolvido o cara.

- E o que isso significa?

- Ele absolveu o cara e queria fixar a pena, pode?

- Mas, com que intenção ?

- Reduzir a pena, de forma a prescrevê-la.

- É isso ?

- Meu caro, é o que deduzo, com a minha secular experiência.

- Inacreditável!, exclamei.

- Inacreditável?

Pano rápido.

 

Paulo Henrique Amorim

 

Em tempo: O Conversa Afiada reproduz o comentário do amigo navegante CARLOS:

Caro PHA, veja a notícia que saiu no portal Terra. Os grandes jornais não publicam nada do que está acontecendo no Mato Grosso do Sul com os índios. É uma violência sem tamanho. Mas, preste atenção em quem deu a liminar do STJ.