Serra pirou com livro do Amaury
O Conversa Afiada recebeu o seguinte comentário do amigo navegante Paulo Aguiar:
"PHA, cada dia mais tenho convicção que o que está acontecendo é uma vacina para o que o livro do Amaury vai falar."
Essa hipótese faz muito sentido.
A pseudo-crise da quebra do sigilo fiscal pode ser para melar a repercussão do livro do Amaury.
O jenio é um especialista na matéria.
A chamada crise dos "aloprados" foi o desdobramento da crise mais musculosa do superfaturamento de ambulâncias na jestão do Serra no Ministério da Saúde.
O PiG (*) e o jenio operaram com maestria a lambança dos "aloprados" e, numa tacada só, derrotaram Mercadante na eleição para Governador de São Paulo e esconderam as ambulâncias superfaturadas.
Agora, a suposta crise do Imposto de Renda do Eduardo Jorge exerceria a mesma função.
Botava uma tampa em cima da panela do Amaury.
Achava impressõses digitais da Dilma no Imposto de Renda do Eduardo Jorge.
E o jenio ganhava a eleição por nocaute técnico.
Deu com os burros n'água.
Essa é uma hipótese interessante.
Outra hipótese ouvi ontem do Nassif.
O Serra perdeu a bússola no exato momento em que soube o que o Amaury tinha para contar.
A história do Amaury, aqui neste ordinário blog já resumida, deixa nua, no meio do palco, a elite tucana de São Paulo.
Ali, naquele momento, o Serra perdeu o rumo de casa.
De lá para cá, foi uma besteira atrás da outra.
Ele, que já é um blefe, não conseguiu equilibrar ao mesmo tempo o prato da Dilma e o prato que repousam as operações comerciais de Ricardo Sérgio de Oliveira, Preciado e Daniel Dantas.
Foi aí que a vaca começou a ir pro brejo.
Lá no começo de 2010, o Serra já desconfiava que o Lula ia dar outra surra nele (em 2002, foi de 61% a 39%).
Segundo o Estadão, foi o Farol de Alexandria com sua visão privilegiada, quem convenceu o jenio de que tinha que ficar no campo de batalha.
Era a última esperança do paulistismo tucânico.
Aí, o Serra soube do livro do Amaury.
Essa hipótese do Nassif também é respeitável.
O Conversa Afiada tem outra, mais prosaica:
O Vesgo do Pânico sempre teve mais chance de ser Presidente que o jenio.
Porque, sem o PiG (*), esses tucanos de São Paulo não passariam de Resende.
Clique aqui para ler "O PiG vai à forra do Serra".
Clique aqui para ler "Amaury não violou sigilo nenhum. Todos os documentos são públicos".
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.