Dilma tem mais preparo e sinceridade. É o que diz o eleitor (mas não o PiG)
A coluna “Rosa dos Ventos” do sempre agudo Mauricio Dias, na Carta Capital que chegou hoje às bancas, mostra gráficos de autoria de João Francisco Moura, diretor da Vox Populi.
Eles revelam que, ao longo da campanha do segundo turno, Dilma desmontou, um por um, os estereótipos que o PiG (*) e o Serra (foram e são a mesma coisa) tentaram lhe impingir.
No fim da eleição, o eleitor considerou Dilma “mais preparada”: 46% a 41%.
Com mais capacidade de comandar e liderar: 46% a 41%.
E o que é muito importante, depois de todas as empulhações, como o aborto e a bolinha de papel: a questão da sinceridade.
Dilma foi para a eleição com uma boa vantagem sobre o Serra neste capitulo da sinceridade: 48% a 36%.
Quer dizer, o jenio é um blefe.
Diz o Valor de hoje que ele acreditava piamente na vitória.
Porque acreditava piamente em que ia destroçar a Dilma nos debates.
Não se sabe por que cargas d’água o Serra se acha imbatível nos debates.
Em 2002 também foi assim.
Ele quis porque quis empurrar o Lula para os debates.
O Lula foi de bom grado.
E o Serra destroçou o Lula por 39 a 61%.
Ele é um jenio.
Agora, ele tinha certeza de que ia humilhar a Dilma nos debates.
Foi o que aconteceu, de fato: ele esmagou de 44 a 56%.
Deve haver alguma coisa de psicopatologia nisso.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.