Aécio pode ter perdoado Serra. Minas, não
Serra e os colonistas (*) do PiG (**) cansaram de dizer que a eleição ia ser decidida em Minas.
Porque na verdade eles queriam dizer que Aécio ia eleger Serra.
Os colonistas (*) do PiG (**) viveram até o fim a quimera do apoio decisivo e fulminante de Aécio.
Aécio era a tábua de salvação.
Mais poderosa que a santa que Mônica Serra entregou aos mineiros do Chile.
Dilma ganhou em Minas de 58% a 41%.
O que não significa que deva a eleição só a Minas.
Diante deste enigma, ligo para o amigo mineiro, serenamente escondido atrás dos mares de morros e pergunto:
Como explicar a surra mineira da Dilma ?
Responde o sábio:
"Primeiro, Serra tratou Minas e o próprio Aécio muito mal.
Serra e FHC trataram Aécio como se ele fosse um adolescente irresponsável.
Aécio fez o que podia para atender o PSDB.
Um líder não obriga ninguém a fazer nada.
Ao contrário: líder é o que segue o povo.
Aécio pode ter perdoado Serra. Será ? Mas, Minas não perdoou Serra.
Em segundo lugar, diz o sábio mineiro, o povo está satisfeito com Lula.
Não há o que discutir.
Terceiro, e para Minas, muito importante: Dilma é mineira.
Viveu no Rio Grande do Sul depois de enfrentar a ditatura, mas seu sotaque é indiscutível.
Dilma é mineira ! "
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.