Chico Otávio está costeando o alambrado do Eduardo Cunha
O repórter Chico Otávio é um dos remanescentes da categoria “repórter” no PiG (*).
Como se sabe, para baratear os custos e adiar a crise terminal, o PiG (*) troca repórter por “colonista” (**).
Faz tempo que o Chico Otávio costeia o alambrado do Eduardo Cunha.
Cunha é do PMDB do Rio e aparece no panteão da Moral construído pelo PMDB – ao lado de Wellington Moreira Franco e Henrique Alves.
(Como se sabe, esse Panteão, de tão espaçoso e imponente, entrará para a História da Arquitetura Greco-Romana, na página ao lado do de Agripa em Roma.)
Já outro dia, o Conversa Afiada tratou de reportagem do Chico Otávio, costeando o alambrado (***).
Hoje, no Globo, Chico Otávio, na pág. 3, fala dos “negócios de amigos de Cunha”.
“Furnas pagou R$ 73 milhões a mais por ações vendidas a empresários ligados ao deputado (Eduardo Cunha).”
Cunha se utiliza do “método Daniel Dantas” de cercear a liberdade de expressão: processar jornalista.
(Este ansioso blogueiro se orgulha de ser alvo de ações judiciais de Dantas e assemelhados. Clique aqui para ir à aba “Não me calarão”.)
E ameaçou processar o Chico Otávio.
Faz parte.
Espera-se que a presidenta Dilma também exerça a atividade em que seu primeiro mentor político, o Brizola era mestre: costear o alambrado.
E balance a roseira de Furnas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) “Costear o alambrado” é expressão imortalizada por Leonel Brizola. Significa isso mesmo: ir chegando, aos poucos, pelas bordas. Brizola chamava o Welington Moreira Franco de “gato angorá da ditadura”. Atribui-se ao Fernando Henrique outro elogio ao Welington: “ele não pode ficar perto do cofre”.