GloboNews acusa Cabral de saber que ia chover e tirar férias
Este ordinário blogueiro trabalhou com um profissional de televisão que dizia sempre aos repórteres:
“No Brasil, basta você sair na rua e abrir a câmera que volta com uma matéria de denúncia.”
Há outro aforismo interessante: sintonize na GloboNews e num prazo máximo de 3 minutos você ouvirá uma besteira.
A GloboNews é a única emissora de jornalismo de tevê all news, 24 horas por dia, que jamais deu um furo.
Por isso, este ansioso blogueiro a evita como a ir ao dentista.
Mas, ontem, no sábado, enquanto se barbeava, se permitiu, inadvertidamente, ouvir um programa de debates políticos.
Havia dois colonistas (*) do PiG (**) que conseguiram enunciar alguns conceitos que serão inscritos, em mármore, na História do Jornalismo Contemporâneo.
Uns jenios.
Mas, a pérola veio com a âncora, Cristiana Lobo.
O contexto era mais ou menos o de sempre: “as mortes em São Paulo são obra de Deus. No Rio, do Lula e do Cabral”.
Aí, saiu-se a Lobo:
“O Sergio Cabral estava outra vez de férias na Europa. Bem que ele podia mudar a data das férias, já que ... “
Ao dizer “já que”, foi providencialmente interrompida por um dos notáveis colonistas.
Este ordinário blogueiro se enfureceu.
Ele quase se corta com a gilete.
O que diria ela depois do “já que “ ?
“Já que” o que ?
“Já que” ele sabia que ia chover na Serra ?
Ou o Cabral não pode tirar férias ?
Ou o Cabral não pode ir à Europa ?
Ou só o Padim Pade Cerra pode ?
E pode até fazer com que a Air France perca a mala dele (a rapaz é um sortudo !).
“Já que” o que ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí. (**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.