Dilma 361 x 120 Cerra. Mínimo será de R$ 545
A presidenta aprovou o salário mínimo de R$ 545 por 361 votos a 120.
O salário mínimo do Cerra, de R$ 6.000 – reles demagogia, segundo a urubóloga – sequer mereceu o apoio dos tucanos.
O Globo, numa manchete da edição online, dizia que essa seria a “votação-teste”.
A cobertura do PiG (*) à discussão sobre o mínimo procurava refletir uma emergência e uma crise iminente que, agora se vê, jamais existiram.
Mas, faz parte do Golpe: construir precipícios e, todo dia, empurrar o presidente ou a presidenta trabalhista para a beira.
Não era “teste” coisa nenhuma.
A presidenta venceu por 3 a 1.
Mais fácil do que a comparação entre os PIBs: o do Nunca Dantes dá de 5 a 2 no PIB do Farol de Alexandria.
Notável foi a fidelidade do PMDB.
O partido votou nos R$ 545, sem dissidência.
Até o Henrique Alves votou a favor.
O Conversa Afiada considera que as lideranças sindicais contra os R$ 545 – o Paulinho da Força à frente – desempenharam papel que se deve enaltecer.
Pelo menos, mobilizaram organizações que representam uma parcela dos trabalhadores.
E foram lá lutar por salário – o que é sempre louvável.
Mas, descumprem um acordo assinado com o Nunca Dantes, que regulamentou o aumento do mínimo.
Isso não é louvável.
Mas, botar um pouco de povo na rua, isso é.
A capital em Brasília e o Governo do Nunca Dantes contribuem para deixar o povo em casa.
Este ansioso blogueiro preferia que o Palácio do Planalto ficasse na Casa Rosada, à vista do povo.
Das mães e avós da Plaza de Mayo.
Mas, como se sabe, Brasília é um dos graves erros estratégicos que o Brasil cometeu.
Outro, por exemplo, foi George Washington (Geisel) e Thomas Jefferson (Golbery) interromperem o Governo do grande presidente João Goulart, eleito segundo as regras da democracia de então.
O Conversa Afiada, nesta hora, considera importante relembrar a frase do deputado federal Romário do PSB do Rio, sobre o mínimo: nem sempre o mais é o melhor.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.