Correios serão um porrete atrás da porta
O programa Entrevista Record exibirá amanhã às 21h15, na Record News, entrevista com Wagner Pinheiro, presidente dos Correios.
Ele falará sobre o novo papel destinado aos Correios, com a Medida Provisória que a Presidenta Dilma Rousseff acabou de baixar.
Os novos Correios poderão operar celular - ao comprar espaço no atacada das operadoras TIM, Vivo, Claro e Oi e vender no varejo.
E concorrer com as operadoras.
Pinheiro lembra que embora o Brasil tenha 200 milhões de aparelhos celulares - mais do que a população de 190 milhões - 15% da população não têm celular.
Com a nova MP, os Correios poderão, também, ter um banco postal próprio.
Hoje, os Correios são correspondentes de um banco postal operado nas 6 mil lojas dos Correios em todo o país.
Hoje, quem explora essa operação é o Bradesco.
Agora, no dia 31 de maio, haverá nova concorrência.
Os Correios poderão, das duas, uma: ou conviver com o banco que ganhar a concorrência e abrir o seu próprio banco; ou se associar a um outro banco para ter um segundo banco postal.
O banco operado pelo Bradesco abriu a primeira conta bancária de 10 milhõe de brasileiros.
E os Correios poderão ter uma frota própria de avião.
Como têm as concorrentes estrangeiras, a Fedex e a DHL.
Por essa e outras necessidades logísticas, os Correios poderão vir a entrar como sócio minoritário do trem-bala - aquela sinistra aberração, como se sabe, que provoca arrepíos num ex-governador de São Paulo, "o atraso da vanguarda".
Agora, as considerações são deste ansioso blogueiro.
Pinheiro não tem nada a ver com elas.
Essa MP é um porrete.
A Presidenta fica com o porrete atrás de porta.
Se as operadoras de celular não baixarem o preço ou não cumprirem a meta de unversalização, o porrete dos Correios entra em ação.
O banco postal ... a mesma coisa.
O transporte aéreo de carga ...
E de porrete em porrete, os Correios ficam do tamanho da Petrobrás.
(Era muita areia para o caminhão do PMDB e do Ministro independente Hélio Costa, não é isso, amigo navegante ?)
Paulo Henrique Amorim