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Palocci entregou Francenildo aos Marinho

Leonardo Attuch liga em “missão de paz”, diz ele
publicado 22/05/2011
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Leonardo Attuch – leia o “Em tempo” – liga em “missão de paz”, diz ele.

É para chamar a atenção da entrevista que fez para o seu site com o diretor da revista ÉPOCA, na época em que a ÉPOCA detonou o Francenildo:


Exclusivo: ex-diretor da Globo diz ao 247 que Palocci levou o dossiê Francenildo aos Marinho


Leonardo Attuch_247 – De Londres, o jornalista Paulo Nogueira, ex-diretor das Organizações Globo, que foi responsável por todas as revistas do grupo, acaba de conceder uma entrevista telefônica ao Brasil 247. Ele conta como foi a operação, pilotada pelo ex-ministro Antonio Palocci, para desqualificar o caseiro Francenildo Costa em 2006. Leia:


Brasil 247 – Como chegou à redação da Época o dossiê Francenildo?

PAULO NOGUEIRA – O assunto foi levado diretamente pelo ministro Palocci à cúpula das Organizações Globo.


247 – Quando você diz cúpula, a quem se refere? Ao Ali Kamel, o diretor de jornalismo?

NOGUEIRA – Não, o Ali Kamel respondia pela televisão. Eu me refiro aos acionistas.


247 – À família Marinho, portanto.

NOGUEIRA – Isso.


247 – E qual foi a motivação?

NOGUEIRA – Estávamos todos naquela briga das semanais, competindo pelo furo da semana. Só depois ficou claro que a revista Época foi usada como instrumento do ministro Palocci.


247 – Mas, quando surgiu também um crime, uma quebra de sigilo bancário de um indivíduo pelo Estado, você não pensou em abrir uma discussão sobre quebrar o sigilo da fonte e revelar que o ministro Palocci estava por trás de tudo?

NOGUEIRA – Aquilo seria um constrangimento para todos nós, e para a própria revista. E em qualquer empresa existem limitações. Além do mais, tem a vida que segue, a semana seguinte, o projeto de uma nova revista...


247 – Mas por que só agora você decidiu trazer este caso a público?

NOGUEIRA – Uma indignação, o desejo de que meus filhos vivam num país melhor. Tem um conceito do George Orwell que eu admiro muito: decência básica. Só isso. E agora, aqui em Londres, num período sabático, tenho mais liberdade. A história brasileira precisa ser escrita com correção. E fato é: o dossiê Francenildo foi levado à cúpula da Globo pelo ministro Palocci.


247 – O ministro Palocci foi inocentado no caso e a maior parte da culpa recaiu sobre os ombros do seu assessor Marcelo Netto.

NOGUEIRA – O Marcelo Netto tratou do assunto com a sucursal Brasília da Época. Todos sabiam que ele agia a mando do Palocci.


247 – Mas o fato é que ele foi inocentado no Supremo e voltou à vida pública. Se esse processo fosse reaberto, a pedido, por exemplo, do caseiro, você diria as mesmas coisas em juízo?

NOGUEIRA – Evidentemente, eu respondo pelo que eu escrevo. Estou em Londres e no próximo ano estarei de volta ao Brasil


Clique aqui para ler "Palocci e o "Feirão da Caixa" vão eleger Cerra em 2014".

Clique aqui para votar no Não e o Sim com Palo Henrique Amorim: Palocci vai derrotar a Dilma em 2014 ?

Em tempo:
Leia a seguir, amigo  navegante, o mais recente post do Conversa Afiada que menciona Leonardo Attuch:


Gilmar foi advogado de Dantas?


Texto publicado em 12 de Abril de 2011 - 10h35

Este ansioso blogueiro, entre atônito e perplexo, reproduz e-mail que recebeu do reparador de iniquidades, Stanley Burburinho (quem será Stanley Burburinho ?):

Gilmar Mendes era o Advogado Geral da União quando a AGU e ANATEL requereram a admissão como assistentes do Opportunity (ou seja, como advogados de Dantas – PHA)

1 – A matéria da revista Época sobre Daniel Dantas, diz que no dia 4 de abril de 2002, a Anatel e a Advocacia-Geral da União (AGU) deram entrada a uma petição, na 31a Vara Cível da Justiça Estadual do Rio. Na petição, a Anatel e a AGU requeriam a admissão como assistentes do Opportunity na questão. Ao ser admitidas no caso, o processo seria transferido automaticamente da Justiça Estadual do Rio para a Justiça Federal:

“O financista, o consultor e a “pessoa”

ÉPOCA revela os segredos dos e-mails de Roberto Amaral, o consultor que trabalhou para o Opportunity, de Daniel Dantas, durante o governo FHC

(…)

“No dia 4 de abril de 2002, a Anatel e a Advocacia-Geral da União (AGU) deram entrada a uma petição, na 31a Vara Cível da Justiça Estadual do Rio, principal foro onde TIW, fundos e Opportunity terçavam armas (para saber quem controlaria a Telemig Celular – PHA). Na petição, a Anatel e a AGU requeriam a admissão como assistentes do Opportunity na questão. Ao ser admitidas no caso, o processo seria transferido automaticamente da Justiça Estadual do Rio para a Justiça Federal.”
(…)”


http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI224879-15223,00-O+FINANCISTA+O+CONSULTOR+E+A+PESSOA.html

Acontece que na época era o Gilmar Mendes o Advogado Geral da União de 31/01/2000 até 20/06/2002.

http://jus.uol.com.br/revista/texto/307/os-procuradores-da-fazenda-nacional-a-advocacia-publica/2

Em maio de 2002, de volta de Cayman, relata Mino Carta no definitivo editorial – “Por que Dantas é invulnerável – porque ele sabe todos os podres da República” – o passador de bola apanhado no ato de passar bola jantou com o Presidente da República, o Farol de Alexandria, no Palácio do Alvorada.


Quem promoveu o encontro foi o publicitário Nizan Guanaes – amigo dos dois.

Um encontro fora da agenda.

Para entrar no Alvorada, quase que Dantas atropela jornalistas de plantão na porta.

E, como sempre, ele escondeu o rosto.

(É um traço de sua personalidade … não mostrar a cara.)

Foi a “Noite de São Bartolomeu” do Governo FHC.

Nesse ágape Dantas conseguiu:

1) Afastar a diretoria da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que prejudicava as santas atividades de Dantas com o dinheiro dos funcionários do BB;

2) Mandou para a Ilha do Diabo o delegado Deuler Rocha, da Policia Federal, lotado no Rio, que teve a infeliz idéia de investigar Dantas. O chefe dele na PF do Rio era o notório Marcelo Lunus Itagiba, que, depois, Cerra mandou para Minas com a tarefa de fazer um dossiê sobre o Aécio (não se iludam: o livro do Amaury vem aí.). Itagiba presidiu na Câmara a CPI dos Amigos de Dantas (dela fez parte o deputado Raul Jungmann, que o eleitor de Pernambuco considerou impróprio para ter assento no Senado.)

3) Nomeou Luis Cantidiano presidente da Comissão de Valores Mobiliários. Cantidiano foi advogado – montou a arquitetura societária da compra da Telemig – e sócio de Dantas. Depois, no Governo Lula, ficou no cargo, em berço esplêndido, por obra do Ministro da Fazenda Tony Palocci. Tony substituiu Cantidiano por um advogado de Cantidiano. Viva o Brasil !

Pouco depois, o Farol de Alexandria, aquele que chama Dantas de “brilhante”, tira o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (**), da AGU e manda para o Supremo.

A vida de Dantas, como se sabe, é cercada de coincidências e decisões sem precedentes.

Uma coincidência são os dos dois HCs Canguru que o ex-Supremo concedeu a Dantas em 48 horas – fato sem precedentes na História da Magistratura Ocidental.

O Supremo estava de férias, e o Gilmar de plantão.

Uma coincidência .

Vamos falar um pouco dessa Telemig.

O passador de bola tinha 1% das ações da empresa.

O “jornalista” Leonardo Attuch, que escreve “reportagens” cujo teor coincide – coincide, amigo navegante – com os interesses de Dantas, começou a atacar os controladores da empresa – os canadenses da TIW.

Na verdade, segundo e-mail da funcionária de Dantas, Carla Cicco, Attuch trabalhava para Dantas.

O órgão jornalístico (?) por onde escorriam as límpidas denuncias era uma revista que se intitula IstoÉ Dinheiro e que, segundo consta, Daniel tentou comprar (oficialmente).

A partir dessas “reportagens”, o magnífico Juiz Rocha Mattos, que enobrece a contemporânea História deste país, Rocha Mattos instaura processo contra os incautos canadenses da TIW.

Baseado em que ?

O Emérito Juiz Rocha Mattos se baseia – apenas ! – nas denuncias de Attuch e monta perseguição judicial implacável aos canadenses.

É nessa celeuma que, segundo o diabólico Stanley Burburinho, o ex-presidente Supremo do Supremo teria socorrido o coitadinho do Dantas.

Perceba, amigo navegante: Attuch escreve, Rocha Mattos abre processo judicial, Gilmar ajuda …

E o que acontece, amigo navegante ?

O passador de bola, com 1% das ações, assume o controle da empresa.

O controle da Telemig, que, segundo a própria Época, depois desmascarada pela Carta Capital, está no centro do “valeriodantas”, como sugere o Mauricio Dias.

A Telemig é o hub da corrupção montada por Dantas, o “Dono do Brasil”, segundo a Carta Capital.

Ali estamos em pleno “valeriodantas”.

Os canadenses foram embora do Brasil.

E não querem saber do Brasil nem na hora de abrir o mapa da América do Sul.

A Telemig, sozinha, dá um livro.

Cujo título poderia ser assim:

“Manual da Generalizada Corrupção no Brasil”.

Não, este ansioso blogueiro se recusa acreditar que o ex-Presidente Supremo do Supremo tenha sido a mesma pessoa que, primeiro, advogou para Dantas em nome da União, e, depois, lhe concedeu dois HCs em 48 horas, como presidente do Supremo.

Não, nem no Brasil isso seria possível.

Stanley, meu caro, acho que essa foi uma bola fora.

Deve ser um homônimo do Gilmar.

Paulo Henrique Amorim