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Geografia do Planalto: Johnbim quer ser o Falcão

Johnbim, se não é exatamente um conselheiro dos filhos do Dr. Roberto, é possível que com eles se aconselhe
publicado 31/03/2011
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Este ansioso blogueiro imaginou que o Nunca Dantes tenha deixado o Nelson Johnbim de herança, para que fosse o Marechal Lott da JK de Saias.

A espada atrás da porta, para evitar um Golpe.

Também.

Mas não é só isso.

Este ansioso blogueiro (certamente ansioso demais, às vezes – clique aqui para ler “Correção: escolinha do professor Gilmar não se meteu com o Arruda”) foi a Brasília.

Prestou uma discreta homenagem a José Alencar – Clique para ler “Prefiro a morte à desonra”.

Encontrou com o incomparável fotografo Orlando Brito, que anunciou um próximo livro sobre seu tema preferido: o poder.

E ouviu muita coisa.

Teve até um passarinho que pousou na janela do hotel.

Por exemplo, o Johnbim não quer ser apenas, apenas o Marechal Lott.

Ele quer ser o Marechal Lott e o Armando Falcão.

Falcão foi aquele Ministro da Justiça (sic) do Governo Geisel, que desempenhou um duplo papel – era o interlocutor do Governo junto ao que sobrou do Poder Judiciário; e junto ao Roberto Marinho, o que na época (e talvez hoje também), era ainda mais importante.

Falcão era conselheiro do Dr. Roberto.

E transitava no Judiciário com a desenvoltura de um Condestável de Roma.

É o que Johnbim quer ser.

Ele foi o patrono espiritual de três ministros do Supremo: o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*); da Ministra Ellen Gracie, autora daquela famosa “súmula vinculante” – Dantas não é Dantas, mas Dantas; e de Carlos Alberto Direito, que já não nos oferece mais aquelas decisões integristas.

E Johnbim, se não é exatamente um conselheiro dos filhos do Dr. Roberto, é possível que com eles se aconselhe.

Johnbim, Ministro da Defesa do Governo Lula, agraciou um dos filhos do Roberto Marinho com a Medalha do Mérito da Defesa.

Provavelmente, porque ele tem um magnífico helicóptero preto, que se deixa estacionar no Santos Dumont, com a sigla “RIM”, as suas iniciais.

(Nada que se compare ao Bombardier do Agnelli, claro. Afinal, RIM é apenas dono e Agnelli era um CEO remunerado e bem remunerado !)

No Governo do Nunca Dantes, Johnbim pode ter desempenhado esse duplo papel.

Interlocutor do Judiciário, sem dúvida.

Foi ele quem produziu aquela babá eletrônica que ajudou o ex-Supremo Presidente do Supremo a defenestrar o ínclito delegado Paulo Lacerda para Portugal.

O fato é que agora, no Governo da Presidenta, ele insiste em repetir o número.

Contaram a esse ansioso blogueiro que ele se apresenta, se oferece, chega de surpresa, insiste, telefona, quer saber quando é a reunião, a Presidenta chegou ?, com quem ela está ? ...

Infatigável !

A presidenta já deu sinais de que prefere o Johnbim frito.

Clique aqui para ver um desses sinais.

Até a Eliane Catanhêde – até ela ! – já entregou os pontos: o Johnbim não manda mais nada.

Diz esse passarinho que pousou na janela lá do hotel:

- A Presidenta vai apertar o parafuso daquele jeito dela.

- Que jeito, pergunto ?

- Você pode imaginar.

- E aí ?

- Até ele se mancar.

Em tempo: amanhã, “Geografia do Planalto II” – sobre a localização – latitude e longitude - do Tony Palocci.


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.