Presidenta já demitiu Palocci. (Na prática)
Saiu no Valor, primeira página:
“Dilma revê coordenação política”
“A crise que abalou o Governo nos últimos 15 dias forçou a presidenta a rever a estratégia da articulação política, duramente criticada pelos aliados, e retomar (sic) a iniciativa na administração. Hoje, a presidenta se reúne com governadores e prefeitos de estados e capitais que sediarão a Copa de 2014. Amanhã, terá reunião do conselho político com a presença dos presidentes dos partidos aliados”.
Tony Palocci, assim, se reduz à condição de “vaso chinês” – até cair formalmente.
(Há outros exuberantes “vasos chineses” no gabinete da Presidenta.)
Como disse aquela amiga argentina do Conversa Afiada, a Presidenta vai ter que entrar em campo, se sujar na lama, dar e levar canelada, porque técnico não ganha jogo.
O Valor revela também que foi o próprio Nunca Dantes quem tomou a iniciativa de ir a Brasília salvar a “governabilidade”.
O que a Presidenta considerou, segundo o Valor, um “mau passo”.
O Conversa Afiada e o Ciro Gomes (que falta faz em Brasília, ele que é quem melhor compreende a alma do Padim Pade Cerra !) também.
Aos poucos a Presidenta se livra do estrago do Tony Palocci.
Agora que acabou a crise da hiper-inflação e a urubóloga, hoje, no Globo, se dedica, como Keynes, a reorganizar o FMI, é preciso criar a “crise” da governabilidade com o PMDB.
Que é uma crise que ficará sempre na gôndola, à disposição do PiG (*).
O PMDB só estará satisfeito quanto retomar Furnas e a Funasa.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.