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Do que se arrependia Semprún. paloccis, cardozos e greenhalghs

Morreu em Paris, aos 87 anos, o comunista espanhol e interno número 44.904 de Buchenwald, Jorge Semprún.
publicado 08/06/2011
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Morreu em Paris, aos 87 anos, o comunista espanhol e interno número 44.904 de Buchenwald, Jorge Semprún.

Como diz El País, Semprún construiu a obra literária com os fragmentos de sua memória das barbáries modernas.

Quando foi expulso do Partido Comunista da Espanha, escreveu um clássico, “Autobiografia de Federico Sánchez” – seu nome na clandestinidade.

Uma autocrítica feroz e cheia de esperança.

El País publica sua última entrevista, que se conclui assim:

–¿Se arrepiente de algo?


–¿Me arrepiento o reniego de haber sido militante del comunismo estaliniano? No. Creo que en aquel momento había una justificación para ello. ¿Me arrepiento de no haber salido del PC en 1956, el año de los movimientos antiestalinistas populares antisoviéticos en Polonia y Hungría? No. Porque soy español; si hubiera sido francés, habría sido el momento de romper. Pero en España, cualesquiera que fueran los crímenes de Stalin, luchar con el Partido Comunista contra Franco valía la pena.


En el libro que ha servido de pretexto para estas confesiones de Semprún se recuerda lo que se decía en Buchenwald: el bien es robar el pan y repartirlo bien. ¿Sigue siendo eso el bien, Semprún? "No. Esa fórmula no la repetiría hoy. Robar no. Pero el bien, desde luego, es repartir mejor. Y se puede repartir mejor. Eso es lo absurdo de la situación, que es posible.

Navalha

Este ansioso blogueiro era redator-chefe do Jornal do Brasil, quando era o melhor jornal do Brasil, e foi jantar em Copacabana com o editor do jornal, Walter Fontoura, e o ex-diretor do Departamento de Pesquisa do jornal, Fernando Gabeira, que acabava de voltar ao Brasil depois de anistiado.

Gabeira contou que estava para concluir um livro de implacável autocrítica de sua militância na luta armada.

O ansioso blogueiro tinha acabado de ler a “Autobiografia de Sánchez” – por sugestão de Paulo Francis, pasme, amigo navegante ! - e perguntou se Gabeira pensava em fazer algo na linha do Semprún.

Sim !, sem dúvida, ele respondeu.

Deu no “O que é isso, companheiro ?”.

Como diz o Mino Carta, ao contemplar os paloccis, cardozos e os greenhalghs – essa esquerda brasileira merece a direta que tem.

 




Paulo Henrique Amorim