Miro: sigilo deixa democracia capenga. E temos uma bomba atômica !
Saiu no Globo, pág. 11:
Miro Teixeira (do PDT do Rio): “Com sigilo, democracia fica bastante capenga”
“Para deputado, posição de Dilma a favor do segredo eterno sobre documentos ultra-secretos constrange a Câmara”.
“A preocupação é com o silêncio”, diz Miro.
“O poder do silêncio é brutal. Aqueles que detêm o conhecimento exclusivo dos fatos passam a exercer o poder sobre um conjunto enorme de pessoas. E, aí, a democracia fica bastante capenga”.
“O projeto que veio da Câmara (e o Senado se preparava para aprovar no Dia da Imprensa, segundo o Senador Walter Pinheiro) é um bom texto ... A classificação de 25 anos, prorrogáveis por mais 25 anos, a obrigação de definir quem faz a classificação e tornar isso público protege a sociedade. O que o Senado pretende introduzir é algo totalmente nocivo. A argumentação beira as raias do ridículo”.
Miro se refere evidentemente à argumentação do Presidente da Casa, José Sarney, que não quer a “wikileakização” do Brasil.
Ou do Presidente Collor, que está preocupado com os bigodes do Barão do Rio Branco.
Ou do Ministro da Defesa (quando é que o Johhnbim pede a conta ?).
Outro dia, apareceu uma “reportagem” de fonte anônima no PiG (*) que levantava o véu da resistência (sempre velada) do Johnbim à abertura do sigilo.
Ele não quer revelar o plano nuclear brasileiro !
Então, temos uma bomba atômica e só o Johnbim e o PiG sabiam !
Que plano nuclear ?
Ou o do Governo Geisel, que deu com os burros n’água ?
Que diferença faz descobrir se a água era doce ou salgada ?
Foi um retumbante fiasco e quanto mais se souber sobre ele, melhor.
Ou o Johnbim se refere ao plano nuclear em curso, que estaria perfeitamente protegido pelos 25 anos mais 25 ?
O que o Johnbim esconde atrás do PiG ?
Uma bomba atômica ?
Ou o Coronel Ustra ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.