Globo diz que Johnbim se explica a Dilma mas ele não se explica
Saiu no Globo online:
"Saia justa: Após dizer que 'é obrigado a conviver com idiotas', Jobim se explica a Dilma"
Chico de Gois
BRASÍLIA - Um dia após dizer, sem citar nomes, que é obrigado a conviver com idiotas , o ministro da Defesa, Nelson Jobim, explicou-se nesta sexta-feira à presidente Dilma Rousseff para evitar que a frase ganhasse ainda mais destaque. Jobim manteve uma agenda com a presidente no Palácio do Alvorada, que já estava previamente agendada, e durante a conversa, Dilma lhe teria introduzido no assunto, dizendo-lhe que queriam criar intrigas entre os dois. O ministro, então, tratou de explicar que a interpretação dada por alguns estava acima do tom e que, em nenhum momento, ele quis fazer um paralelo entre o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o dela.
O encontro com Dilma tratou, segundo disse a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, do acesso aos documentos sigilosos e da Comissão Nacional da Verdade. Ainda de acordo com Ideli, ao se despedir de Dilma Jobim afirmou que iria dar explicações para desfazer o mal-entendido. No entanto, o Ministério da Defesa não divulgou nenhuma nota sobre o assunto. A assessoria informou que Jobim não tem manifestado interesse em deixar a Pasta.
(...)
O Globo informa que o Ministério da Defesa não divulgou nenhuma nota sobre o assunto.
Ou seja, Johnbim não deu nenhuma explicação que pudesse consertar a ofensa política que fez, de público, à Presidenta, ao Nunca Dantes e ao Governo dos dois a que jurou servir.
Johnbim adotou o estilo do ACM, o grande herói da Arena e do PFL: ofender em público e pedir desculpas no privado.
Não há meias palavras: "os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos. O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia."
Johnbim não tem condições de ficar.
É um caluniador vulgar.
É um tucano fora do ninho.
Tem a linguagem e a elegância de seu melhor e talvez único amigo: o Padim Pade Cerra.
Em tempo: o Conselho Político que o Cerra criou no PiG (*) e para o PiG (*) emitiu seu primeiro som, hoje. É um deserto de ideias. O patrimônio político dele continua ser o mesmo: a Chevron, o aborto (no Chile pode) e o Bispo de Guarulhos.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.