Como Dilma fará a transição para o Governo dela
O Oráculo de Delfos não é Aristóteles, mas fundou um Liceu, tantos os discípulos e idólatras.
Este ansioso blogueiro se enquadra em qualquer das categorias e teve esta semana o raro prazer de conversar com outros discípulos e idólatras, na presença do Oráculo.
Não éramos exatamente peripatéticos, porque estávamos sentados.
E nem gregos, porque tomávamos suco de goiaba.
Aqui se reproduzirão alguns conceitos e aforismos ali enunciados, sem que seja possível determinar exatamente quem disse o que: se o Mestre ou os seguidores.
- Como Dilma fará a transição do Governo Lula para o Governo dela ?
- Pode ser a consagração, mas pode dar muito errado.
- O problema não é a transição. É o PT.
- É essa falsa opção entre PT de São Paulo e PSDB de São Paulo.
- O que torna a política nacional uma questãozinha provincial.
- O Alckmin. Você conhece o Alckmin ? Como é simplório.
- É essa a palavra.
- E o Serra ?
- Bem, esse é professor de Deus.
- Isso quando ele se dispõe a dar aula.
- O Fernando Henrique teve a intuição certa: o negócio deles é ir para classe média.
- É, mas só que eles não têm mais como se apresentar à classe média, nem ao povão. Eles ficaram com a cara da elite. E da elite de São Paulo.
- Não há mais liga entre eles e o povão. O Fernando Henrique pode saber onde fica a classe média. Mas a classe média não quer saber onde ele fica.
- Eles não têm biografia para chegar à classe média e dizer: sigam-me se forem brasileiros.
- Me diga aí uma coisa original que o Serra tenha dito em 40 anos de vida pública. Uma !
Silêncio.
Silêncio.
- Bom, tem os genéricos ...
- Alto lá, isso foi do Jamil, do Jamil Haddad, do Itamar, que, coitado, morreu sem que reconhecessem o trabalho dele.
- O cara teve 40 milhões de votos, 40 milhões de votos, e não consegue ser presidente do Instituto do Partido dele.
- Dão pro Tasso.
- O Serra tem que se contentar com um Conselho, um diretório acadêmico.
- Mas, quem mandou fazer uma campanha que não tinha uma idéia ? Ele saiu da campanha de bolsa vazia – e cérebro vazio.
- Cérebro, não, esse saiu avariado com a bolinha.
- O problema é o cerco da mídia.
- A mídia é que estimula essa polarização entre PT de São Paulo e PSDB de São Paulo. É bom para ela.
- Só interessa à mídia e ao PT e PSDB de São Paulo. É uma ação entre amigos.
- Qual é a diferença entre o PT de São Paulo e o PSDB de São Paulo ?
- Qual é a diferença entre o Pagot e o Paulo Preto ?
- Não, estou falando em diferença de projeto, do que fazer pelo Brasil.
- Os tucanos de São Paulo não têm uma mísera idéia.
- E o Aécio caiu do cavalo com seis meses de exposição no palco federal.
- Era poeta estadual e a gente não sabia.
- Você sabe que tem político que se deslumbra. Que não pode ver um rico, um jatinho, adora ficar amigo dessa elite de ... que tem no Brasil.
- Mas, o pior é que não eles não têm projeto. Não sabem o que fazer do Brasil.
- Estão há oito anos fora do poder e não produziram uma proposta.
- Vão ficar no moralismo da velha UDN.
- É, mas calma, porque o eleitor da Classe C, e o eleitor ainda mais pobre, ele é muito conservador, ele não quer saber de roubalheira, não, nem de impunidade.
- O eleitor cada vez exige mais. Ele está sabido como nunca.
- E não tem mais cabresto.
- Ele vai para onde quiser, vai por onde subir na vida mais rápido.
- Ele é louco por educação. E não é só educação. Ele quer se aprimorar, se aperfeiçoar.
- Tecnologia, meu querido. Dar tecnologia !
- Outra coisa, ele vai ser aliado dos governantes e exigir uma melhoria nos serviços públicos. Ele usa a saúde pública, a escola pública. Ele não tem dinheiro para plano de saúde, para escola particular. Então, meu amigo, trate de melhorar a escola, a saúde do seu município, do seu Estado.
- E não adianta ficar falando mal, dizer que está tudo errado.
- Não, senhor. Ele está vendo o progresso, ele melhorou de vida. Ele quer é ir em frente.
- Mas, e a Dilma, como vai ser a transição para o Governo dela ?
- Ela pode fazer o que quiser. Menos dar a impressão de que brigou com o Lula.
- Víííííxe !
Pano rápido.
Como Dilma fará a
transição para o Governo dela
O Oráculo de Delfos não é Aristóteles, mas fundou um Liceu, tantos os discípulos e idólatras.
Este ansioso blogueiro se enquadra em qualquer das categorias e teve esta semana o raro prazer de conversar com outros discípulos e idólatras, na presença do Oráculo.
Não éramos exatamente peripatéticos, porque estávamos sentados.
E nem gregos, porque tomávamos suco de goiaba.
Aqui se reproduzirão alguns conceitos e aforismos ali enunciados, sem que seja possível determinar exatamente quem disse o que: se o Mestre ou os seguidores.
- Como Dilma fará a transição do Governo Lula para o Governo dela ?
- Pode ser a consagração, mas pode dar muito errado.
- O problema não é a transição. É o PT.
- É essa falsa opção entre PT de São Paulo e PSDB de São Paulo.
- O que torna a política nacional uma questãozinha provincial.
- O Alckmin. Você conhece o Alckmin ? Como é simplório.
- É essa a palavra.
- E o Serra ?
- Bem, esse é professor de Deus.
- Isso quando ele se dispõe a dar aula.
- O Fernando Henrique teve a intuição certa: o negócio deles é ir para classe média.
- É, mas só que eles não têm mais como se apresentar à classe média, nem ao povão. Eles ficaram com a cara da elite. E da elite de São Paulo.
- Não há mais liga entre eles e o povão. O Fernando Henrique pode saber onde fica a classe média. Mas a classe média não quer saber onde ele fica.
- Eles não têm biografia para chegar à classe média e dizer: sigam-me se forem brasileiros.
- Me diga aí uma coisa original que o Serra tenha dito em 40 anos de vida pública. Uma !
Silêncio.
Silêncio.
- Bom, tem os genéricos ...
- Alto lá, isso foi do Jamil, do Jamil Haddad, do Itamar, que, coitado, morreu sem que reconhecessem o trabalho dele.
- O cara teve 40 milhões de votos, 40 milhões de votos, e não consegue ser presidente do Instituto do Partido dele.
- Dão pro Tasso.
- O Serra tem que se contentar com um Conselho, um diretório acadêmico.
- Mas, quem mandou fazer uma campanha que não tinha uma idéia ? Ele saiu da campanha de bolsa vazia – e cérebro vazio.
- Cérebro, não, esse saiu avariado com a bolinha.
- O problema é o cerco da mídia.
- A mídia é que estimula essa polarização entre PT de São Paulo e PSDB de São Paulo. É bom para ela.
- Só interessa à mídia e ao PT e PSDB de São Paulo. É uma ação entre amigos.
- Qual é a diferença entre o PT de São Paulo e o PSDB de São Paulo ?
- Qual é a diferença entre o Pagot e o Paulo Preto ?
- Não, estou falando em diferença de projeto, do que fazer pelo Brasil.
- Os tucanos de São Paulo não têm uma mísera idéia.
- E o Aécio caiu do cavalo com seis meses de exposição no palco federal.
- Era poeta estadual e a gente não sabia.
- Você sabe que tem político que se deslumbra. Que não pode ver um rico, um jatinho, adora ficar amigo dessa elite de ... que tem no Brasil.
- Mas, o pior é que não eles não têm projeto. Não sabem o que fazer do Brasil.
- Estão há oito anos fora do poder e não produziram uma proposta.
- Vão ficar no moralismo da velha UDN.
- É, mas calma, porque o eleitor da Classe C, e o eleitor ainda mais pobre, ele é muito conservador, ele não quer saber de roubalheira, não, nem de impunidade.
- O eleitor cada vez exige mais. Ele está sabido como nunca.
- E não tem mais cabresto.
- Ele vai para onde quiser, vai por onde subir na vida mais rápido.
- Ele é louco por educação. E não é só educação. Ele quer se aprimorar, se aperfeiçoar.
- Tecnologia, meu querido. Dar tecnologia !
- Outra coisa, ele vai ser aliado dos governantes e exigir uma melhoria nos serviços públicos. Ele usa a saúde pública, a escola pública. Ele não tem dinheiro para plano de saúde, para escola particular. Então, meu amigo, trate de melhorar a escola, a saúde do seu município, do seu Estado.
- E não adianta ficar falando mal, dizer que está tudo errado.
- Não, senhor. Ele está vendo o progresso, ele melhorou de vida. Ele quer é ir em frente.
- Mas, e a Dilma, como vai ser a transição para o Governo dela ?
- Ela pode fazer o que quiser. Menos dar a impressão de que brigou com o Lula.
- Víííííxe !
Pano rápido.