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O problema da Presidenta não é a “base”. São as emenda$$$

O passarinho sai de Brasília e pousa na janela lá de casa. Parecia exausto, ofegante.
publicado 16/08/2011
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O passarinho sai de Brasília e pousa na janela lá de casa.

Parecia exausto, ofegante.

O que é isso, perguntei ?

As emenda$$$, ele respondeu.

As emenda$$$, meu caro.

E explicou.

O Henrique Alves é incansável.

Ele quer porque quer aprovar as emenda$$$ dos parlamentares.

A Presidenta na semana passada reuniu a “base” com o Mantega, o Mantega explicou que a crise lá fora é brava, que está na hora de apertar o cinto.

Ninguém sabe ao certo que cara essa crise vai ter.

A Presidenta, disse ele, está muito afinada com o (vice) Temer.

Parece que o (vice) Presidente entendeu bem a conjuntura.

O problema agora é o “cronograma”.

Os deputados querem aprovar um “cronograma” para o desembolso das suas emenda$$$.

E o Henrique Alves, à frente.

A Ideli, coitada, ali, no corpo a corpo.

Recebe um, recebe outro.

Todo mundo tem emenda$$$.

Um bilhão ?

Não basta.

O Henrique Alves quer dois bilhões.

E um cronograma.

E a pressão não vem só daí.

Vem do Supremo, que quer aumento.

Da Polícia Federal.

Será que o vazamento da Operação Voucher foi um recado ?

Pode ser, disse o passarinho desconsolado.

Pode ser.

(Como se sabe, com o “Zé, a Presidenta não controla a PF”.)

E o PMDB ali no meio do campo.

Quero emenda$$$ !

No Turismo, o problema foi o que o Ministro demitiu dois e começou a vazar denúncia.

PMDB.

Na Agricultura, o Rossi é da confiança do (vice) Presidente, lá de trás.

E tome PMDB.

Clique aqui para ler “Ministro do PMDB na Agricultura tem que sair”.

Mas, o Secretário Executivo agora é do Mantega, ponderei.

Sim !, disse ele, confiante !

Então, o problema não é só o PMDB, não é só a “base”, digo.

Você pode chamar como quiser, ele diz.

O problema são as emenda$$$.

Da “base” e do “topo”, eu respondo.

Como diz você, é da “base” e do “topo” e pano rápido !


Paulo Henrique Amorim