O problema da Presidenta não é a “base”. São as emenda$$$
O passarinho sai de Brasília e pousa na janela lá de casa.
Parecia exausto, ofegante.
O que é isso, perguntei ?
As emenda$$$, ele respondeu.
As emenda$$$, meu caro.
E explicou.
O Henrique Alves é incansável.
Ele quer porque quer aprovar as emenda$$$ dos parlamentares.
A Presidenta na semana passada reuniu a “base” com o Mantega, o Mantega explicou que a crise lá fora é brava, que está na hora de apertar o cinto.
Ninguém sabe ao certo que cara essa crise vai ter.
A Presidenta, disse ele, está muito afinada com o (vice) Temer.
Parece que o (vice) Presidente entendeu bem a conjuntura.
O problema agora é o “cronograma”.
Os deputados querem aprovar um “cronograma” para o desembolso das suas emenda$$$.
E o Henrique Alves, à frente.
A Ideli, coitada, ali, no corpo a corpo.
Recebe um, recebe outro.
Todo mundo tem emenda$$$.
Um bilhão ?
Não basta.
O Henrique Alves quer dois bilhões.
E um cronograma.
E a pressão não vem só daí.
Vem do Supremo, que quer aumento.
Da Polícia Federal.
Será que o vazamento da Operação Voucher foi um recado ?
Pode ser, disse o passarinho desconsolado.
Pode ser.
(Como se sabe, com o “Zé, a Presidenta não controla a PF”.)
E o PMDB ali no meio do campo.
Quero emenda$$$ !
No Turismo, o problema foi o que o Ministro demitiu dois e começou a vazar denúncia.
PMDB.
Na Agricultura, o Rossi é da confiança do (vice) Presidente, lá de trás.
E tome PMDB.
Clique aqui para ler “Ministro do PMDB na Agricultura tem que sair”.
Mas, o Secretário Executivo agora é do Mantega, ponderei.
Sim !, disse ele, confiante !
Então, o problema não é só o PMDB, não é só a “base”, digo.
Você pode chamar como quiser, ele diz.
O problema são as emenda$$$.
Da “base” e do “topo”, eu respondo.
Como diz você, é da “base” e do “topo” e pano rápido !
Paulo Henrique Amorim