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Dilma põe Orlando e FIFA nos devidos termos

A Dilma é assim: Não condena ninguém. Caracterizado o malfeito, rua !
publicado 19/10/2011
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O PiG (*) segue na furiosa campanha contra o Ministro dos Esportes.

Não mostra a mesma indignação com a compra de emendas na Assembléia de São Paulo, controlada pelos tucanos, e as atribulações do neto do Mário Covas ( que Deus o proteja !).

Clique aqui para ler sobre Bruno Covas.

Porém, é bom lembrar que quem empunhou a faxina foi a Dilma.

E seu comportamento tem sido exemplar e invariável, desde a queda do Tony Palocci, absolvido pelos grandes juristas Sepúlveda Pertence e o brindeiro Roberto Gurgel, aquele que, calado é um poeta.

A Dilma é assim:

Não condena ninguém.

Todo mundo tem direito à presunção de inocência.

Caracterizado o malfeito, rua !

Portanto, precisa ficar muito claro o que ela pensa sobre as denúncias ao Ministro Orlando Silva.

E, de passagem, o que ela disse à FIFA sobre a meia entrada.

Acompanhe trechos da entrevista que ela deu ainda na África do Sul.

As orelhas do Orlando e da FIFA fervem:  

Presidenta: Bom, gente, o governo está acompanhando atentamente todas essas denúncias, os esclarecimentos e as investigações. Aliás, o ministro Orlando pediu investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre as acusações feitas a ele, que ele reputa uma injustiça. Além disso, o Ministro se dispôs a ir ao Congresso Nacional ...  para fazer todos os esclarecimentos que os senhores deputados ou senadores quiserem ter a respeito do assunto. Enquanto isso, o governo vai continuar acompanhando tanto qualquer denúncia que apareça quanto todos os esclarecimentos e as iniciativas de investigações.


No que se refere à Copa... Primeiro, eu queria fazer uma... falar uma outra coisa: nós, no início deste ano, fizemos um esclarecimento aos senhores ministros, no sentido de dar preferência a convênios com prefeituras e estados. Depois, se eu não me engano, em setembro, nós definimos as condições para estabelecer qualquer convênio com organizações não-governamentais. Entre esses convênios tem chamada pública, tem que fazer uma chamada pública, tem de apurar se a ONG existe há mais de três anos, e ela é imediatamente tirada de qualquer possibilidade de conveniação se ela tiver incorrido em alguma falha, seja qual falha for. Além disso, o Ministro, a partir de agora, é o responsável pelo convênio. Então, é a assinatura do ministro que vai em qualquer convênio.


Isso é importante ser esclarecido porque nós consideramos que em muitos momentos, no passado, houve convênios com ONGs mais frágeis. Isso não significa que todo convênio com ONG é ruim, não é verdade. Pelo contrário, em muitas áreas nós precisamos das ONGs para executar políticas, na medida em que você tem, por exemplo, na área religiosa, você tem, em várias áreas filantrópicas, ONGs valiosíssimas, sem as quais, inclusive, só os municípios não conseguem fazer a... Vamos pegar a última... a atender a população.


No que se refere à Copa, eu acredito que essa é uma questão que o governo federal está acompanhando de perto, a questão da Copa. Eu, inclusive, estive com... em Bruxelas, como vocês sabem, vocês anunciaram isso, com um representante da Fifa e, naquela circunstância, deixei a ele claro que o governo não ia alterar, isso não é uma decisão do ministro Orlando, o governo não ia alterar, em nenhum momento, nenhuma legislação que beneficiasse a população brasileira. Eles, inclusive, na ocasião, para mim, concordaram.


Jornalista: Quando a senhora fala das ONGs, agora a senhora comentou da fraqueza, da possibilidade de falha das ONGs, nisso a senhora estaria dizendo que nesse episódio do Ministro as ONGs é que poderiam ter falhado?


...


Jornalista: E o ministro Orlando...


Jornalista: E o Ministro segue Ministro nesse tempo, ou não? O Ministro segue no cargo?


Jornalista: Poderia dizer (incompreensível)


Jornalista: Ele é do PCB...


Presidenta: Ele é do PCdoB, desculpa.


Jornalista: É do PCdoB, eu falei errado.


Presidenta: Olha, nós, ao contrário de muita gente por aí, temos um princípio democrático e civilizatório. Nós presumimos inocência, e o Ministro, não só nós presumimos dele, como ele tem se manifestado com muita indignação quanto às acusações feitas a ele.


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.