Tatto do PT apoia uma CPI. Falta a da Privataria
O Conversa Afiada tem dito que o novo líder do PT, Jilmar Tatto, prefere ver o Diabo nu a convocar uma CPI.
Não é verdade.
A afirmação se aplica a apenas uma de duas CPIs.
Veja o e-mail que este ansioso blog recebeu:
Caro Paulo Henrique,
Bom dia!
Em razão de algumas versões que circulam na internet, gostaria de lembrá-lo de que o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), é totalmente favorável à criação e instalação da CPI do Cachoeira.
Ele assinou o pedido de CPI de autoria do deputado Protógenes, deu entrevista sobre o caso e ainda fez um discurso na tribuna pedindo a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Abaixo, alguns links com matérias a respeito do assunto.
Eventualmente, se for do seu interesse, poderíamos agendar uma conversa com o líder da Bancada do PT.
Atenciosamente,
Paulo Paiva Nogueira
Assessoria de Imprensa da Liderança do PT na Câmara.
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Líder defende CPI para investigar relações “emblemáticas” de Cachoeira
Ter, 03 de Abril de 2012 20:05
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O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), defendeu na terça-feira (3) a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para investigar as relações entre o contraventor goiano Carlinhos Cachoeira e os três níveis de poder em Goiás, além de setores da mídia.
“É uma relação que envolve tanto o mundo político, como também empresários, imprensa, Ministério Público, Judiciário. Então, é o crime organizado dentro do Estado brasileiro. O fato é grave e tem que ser apurado”, disse.
O líder observou que a CPI poderá aprofundar as investigações feitas pela Polícia Federal, na Operação Monte Carlo, que levou 35 pessoas à prisão, entre elas Cachoeira, pela exploração de jogos ilegais em Goiás.
Tatto lembrou que a Bancada do PT na Câmara apoia a CPI, que já tem número suficiente de assinaturas para ser instalada, mas ponderou que o ideal seria uma CPI mista, com o Senado, já que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é uma das principais peças do esquema desmontado pela PF.
O líder desafiou o DEM a apoiar a instalação da CPI, já que o ex-PFL continua querendo posar de “paladino da justiça”, como sempre fez Demóstenes Torres. “Se o DEM quer falar de moralidade, que apoie a CPI”, provocou o líder do PT.
MÍDIA - Por sua vez, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou que a lista de contato de Cachoeira é “emblemática: vai desde políticos a membros do Executivo e do Judiciário e chega a jornalistas também”. Ele lembrou que o bicheiro goiano , ao que consta, teve participação ativa na produção de “matérias e reportagens”.
“Isto tudo nos leva a uma compreensão de que é preciso de fato haver investigação mais aprofundada sobre todas estas relações e o impacto disso tudo na vida do país nos últimos anos”, disse Maia.
Marco Maia disse que está "estupefato" com as denúncias de tráfico de influência envolvendo Demóstenes Torres (GO) e Cachoeira. A relação entre os dois foi revelada por escutas telefônicas da PF. "Não parece razoável que o senador tenha se envolvido da maneira como se envolveu com uma figura carimbada da contravenção", disse Marco Maia.
Ele não descartou a abertura de uma CPI sobre o caso. "Vamos olhar as investigações para termos condições de definir o que será necessário, se uma CPI, Conselho de Ética ou outros", disse, enfatizando que a Corregedoria "pode e deve" ser o primeiro caminho para a Câmara analisar as possíveis irregularidades.
O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), admitiu que a Câmara poderá instalar a CPI . "Já há assinaturas suficientes e agora a Mesa tem de analisar se há fato determinado. Mas tudo indica que deverá haver a instalação de CPI aqui", disse.
Equipe Informes
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03/04/2012 20:01
Líderes defendem CPI para investigar ligação de Cachoeira com políticos
Presidente da Câmara pediu informações do inquérito à Procuradoria-Geral da República. Investigação pode envolver CPI, Corregedoria e Conselho de Ética.
J.Batista
Presidente da Câmara, Marco Maia, reunido com representantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção
Marco Maia (C) na reunião em que o Psol pediu a investigação de deputados de Goiás.
A divulgação de novos documentos e escutas telefônicas da Operação Montecarlo da Polícia Federal, que investiga os negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e agentes públicos, aumentou a pressão na Câmara para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) para analisar o caso. A investigação foi defendida, nesta terça-feira (3), por líderes da base governista e da oposição.
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que pediu uma análise técnica sobre o requerimento da CPI e que aguarda as informações sobre o inquérito em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) antes de tomar uma decisão sobre a CPI. “Vamos olhar as investigações para que se tenham melhores condições de avaliar se é necessário ou não uma nova CPI, o [processo no] Conselho de Ética, ou nenhum dos dois”, disse.
Para o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), “tudo indica” que a Câmara vai instituir uma CPI sobre o caso. “Já há assinaturas necessárias, e agora a Mesa tem de analisar se elas são suficientes e se há fato determinado”, disse.
O líder do PT, Jilmar Tatto (SP), disse que as “ramificações” da operação da PF têm de vir à tona. “Não temos que ter medo da verdade, até porque não podemos aceitar, numa democracia, que o crime organizado se instale no aparelho de Estado”, sustentou. “A bancada do PT é favorável à instalação da CPI”.
Os líderes do PR, Lincoln Portela (MG), e do Democratas, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), também defenderam a CPI. Para ACM Neto, a comissão vai permitir que se avalie a “extensão dos malfeitos revelados”. “Queremos fazer um debate aberto com a sociedade”, afirmou ACM Neto, cujo partido aceitou nesta terça-feira o pedido de desfiliação do senador Demóstenes Torres (GO), envolvido nos grampos. Demóstenes era líder do DEM no Senado.
Acusado de comandar a máfia de caça-níqueis de Goiás, o empresário Carlinhos Cachoeira está preso pela Polícia Federal, acusado de contravenção e formação de quadrilha. Os grampos realizados pela PF indicam a prática de lobby, tráfico de influência e corrupção.
Deputados
No início da tarde desta terça, o Psol entregou ao presidente Marco Maia um documento pedindo que a Corregedoria Parlamentar investigue os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO) pelas ligações com Cachoeira. O documento diz que as escutas telefônicas da Polícia Federal indicam "relações suspeitas e transações obscuras" entre Leréia e um dos chefes da organização de Cachoeira, além de "conversas suspeitas" entre Júnior e o contraventor.
Após a análise do caso, a Corregedoria decidirá se o processo será ou não encaminhado ao Conselho de Ética. No entanto, algum partido pode representar diretamente ao conselho. O líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), não descartou essa possibilidade. "Não vamos fazer cara de paisagem. A instituição tem de estar empenhada na investigação disso tudo e o partido não titubeará em ir ao Conselho de Ética, tendo mais elementos", disse.
Na semana passada, o Psol já havia representado contra o deputado Rubens Otoni (PT-GO), que teria recebido recursos de Cachoeira para financiar sua campanha à Prefeitura de Anápolis, em 2004. A Corregedoria abriu prazo para Otoni apresentar sua defesa.
Ontem, Leréia divulgou uma nota dizendo que não iria se pronunciar sobre o caso até receber os dados do inquérito. Os deputados Sandes Júnior e Rubens Otoni não se manifestaram.
Frente Parlamentar
Integrantes da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção participaram da reunião do Psol com o presidente da Câmara para reforçar o pedido, feito na semana passada, para que a Mesa Diretora obtenha informações completas sobre as investigações em curso. "Temos de ter conhecimento dessas peças para a proteção da nossa imagem", disse o presidente da Frente, Francisco Praciano.
O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), também esteve presente e disse que o partido "está disposto a investigar para valer, começando pelos deputados do partido", referindo-se à denúncia de que Cachoeira teria emprestado dinheiro ao deputado Stepan Nercessian (RJ), que já se licenciou do partido até que sejam concluídas as investigações. "Ele mesmo pediu investigação sobre si, e o partido confia nele", disse Bueno.
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