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Tatto do PT apoia uma CPI. Falta a da Privataria

O Conversa Afiada tem dito que Jilmar Tatto prefere ver o Diabo nu a convocar uma CPI. Não é verdade.
publicado 09/04/2012
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O Conversa Afiada tem dito que o novo líder do PT, Jilmar Tatto, prefere ver o Diabo nu a convocar uma CPI.

Não é verdade.

A afirmação se aplica a apenas uma de duas CPIs.

Veja o e-mail que este ansioso blog recebeu:

Caro Paulo Henrique,

Bom dia!

Em razão de algumas versões que circulam na internet, gostaria de lembrá-lo de que o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP),  é totalmente favorável à criação e instalação da CPI do Cachoeira.

Ele assinou o pedido de CPI de autoria do deputado Protógenes, deu entrevista sobre o caso e ainda fez um discurso na tribuna pedindo a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Abaixo, alguns links com matérias a respeito do assunto.

Eventualmente, se for do seu interesse, poderíamos agendar uma conversa com o líder da Bancada do PT.

Atenciosamente,

Paulo Paiva Nogueira

Assessoria de Imprensa da Liderança do PT na Câmara.


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Líder defende CPI para investigar relações “emblemáticas” de Cachoeira


Ter, 03 de Abril de 2012 20:05


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O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), defendeu na terça-feira (3) a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para investigar as relações entre o contraventor goiano Carlinhos Cachoeira e os três níveis de poder em Goiás, além de setores da mídia.


“É uma relação que envolve tanto o mundo político, como também empresários, imprensa, Ministério Público, Judiciário. Então, é o crime organizado dentro do Estado brasileiro. O fato é grave e tem que ser apurado”, disse.


O líder observou que a CPI poderá aprofundar as investigações feitas pela Polícia Federal, na Operação Monte Carlo, que levou 35 pessoas à prisão, entre elas Cachoeira, pela exploração de jogos ilegais em Goiás.


Tatto lembrou que a Bancada do PT na Câmara apoia a CPI, que já tem número suficiente de assinaturas para ser instalada, mas ponderou que o ideal seria uma CPI mista, com o Senado, já que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é uma das principais peças do esquema desmontado pela PF.


O líder desafiou o DEM a apoiar a instalação da CPI, já que o ex-PFL continua querendo posar de “paladino da justiça”, como sempre fez Demóstenes Torres. “Se o DEM quer falar de moralidade, que apoie  a CPI”, provocou o líder do PT.


MÍDIA - Por sua vez, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou que a lista de contato de Cachoeira é “emblemática: vai desde políticos a membros do Executivo e do Judiciário e chega a jornalistas também”.  Ele lembrou que o bicheiro goiano , ao que consta, teve participação ativa na produção de “matérias e reportagens”.


“Isto tudo nos leva a uma compreensão de que é preciso de fato haver investigação mais aprofundada sobre todas estas relações e o impacto disso tudo na vida do país nos últimos anos”, disse Maia.


Marco Maia  disse que  está "estupefato" com as denúncias de tráfico de influência envolvendo Demóstenes Torres (GO) e Cachoeira. A relação entre os dois foi revelada por escutas telefônicas  da PF. "Não parece razoável que o senador tenha se envolvido da maneira como se envolveu com uma figura carimbada da contravenção", disse Marco Maia.


Ele não descartou a abertura de uma CPI sobre o caso. "Vamos olhar as investigações para termos condições de definir o que será necessário, se uma CPI, Conselho de Ética ou outros", disse, enfatizando que a Corregedoria "pode e deve" ser o primeiro caminho para a Câmara analisar as possíveis irregularidades.


O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), admitiu que a  Câmara poderá instalar a CPI . "Já há assinaturas suficientes e agora a Mesa tem de analisar se há fato determinado. Mas tudo indica que deverá haver a instalação de CPI aqui", disse.


Equipe Informes


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03/04/2012 20:01

Líderes defendem CPI para investigar ligação de Cachoeira com políticos


Presidente da Câmara pediu informações do inquérito à Procuradoria-Geral da República. Investigação pode envolver CPI, Corregedoria e Conselho de Ética.

J.Batista

Presidente da Câmara, Marco Maia, reunido com representantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção

Marco Maia (C) na reunião em que o Psol pediu a investigação de deputados de Goiás.


A divulgação de novos documentos e escutas telefônicas da Operação Montecarlo da Polícia Federal, que investiga os negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e agentes públicos, aumentou a pressão na Câmara para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) para analisar o caso. A investigação foi defendida, nesta terça-feira (3), por líderes da base governista e da oposição.


O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que pediu uma análise técnica sobre o requerimento da CPI e que aguarda as informações sobre o inquérito em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) antes de tomar uma decisão sobre a CPI. “Vamos olhar as investigações para que se tenham melhores condições de avaliar se é necessário ou não uma nova CPI, o [processo no] Conselho de Ética, ou nenhum dos dois”, disse.


Para o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), “tudo indica” que a Câmara vai instituir uma CPI sobre o caso. “Já há assinaturas necessárias, e agora a Mesa tem de analisar se elas são suficientes e se há fato determinado”, disse.


O líder do PT, Jilmar Tatto (SP), disse que as “ramificações” da operação da PF têm de vir à tona. “Não temos que ter medo da verdade, até porque não podemos aceitar, numa democracia, que o crime organizado se instale no aparelho de Estado”, sustentou. “A bancada do PT é favorável à instalação da CPI”.


Os líderes do PR, Lincoln Portela (MG), e do Democratas, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), também defenderam a CPI. Para ACM Neto, a comissão vai permitir que se avalie a “extensão dos malfeitos revelados”. “Queremos fazer um debate aberto com a sociedade”, afirmou ACM Neto, cujo partido aceitou nesta terça-feira o pedido de desfiliação do senador Demóstenes Torres (GO), envolvido nos grampos. Demóstenes era líder do DEM no Senado.


Acusado de comandar a máfia de caça-níqueis de Goiás, o empresário Carlinhos Cachoeira está preso pela Polícia Federal, acusado de contravenção e formação de quadrilha. Os grampos realizados pela PF indicam a prática de lobby, tráfico de influência e corrupção.


Deputados

No início da tarde desta terça, o Psol entregou ao presidente Marco Maia um documento pedindo que a Corregedoria Parlamentar investigue os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO) pelas ligações com Cachoeira. O documento diz que as escutas telefônicas da Polícia Federal indicam "relações suspeitas e transações obscuras" entre Leréia e um dos chefes da organização de Cachoeira, além de "conversas suspeitas" entre Júnior e o contraventor.


Após a análise do caso, a Corregedoria decidirá se o processo será ou não encaminhado ao Conselho de Ética. No entanto, algum partido pode representar diretamente ao conselho. O líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), não descartou essa possibilidade. "Não vamos fazer cara de paisagem. A instituição tem de estar empenhada na investigação disso tudo e o partido não titubeará em ir ao Conselho de Ética, tendo mais elementos", disse.


Na semana passada, o Psol já havia representado contra o deputado Rubens Otoni (PT-GO), que teria recebido recursos de Cachoeira para financiar sua campanha à Prefeitura de Anápolis, em 2004. A Corregedoria abriu prazo para Otoni apresentar sua defesa.


Ontem, Leréia divulgou uma nota dizendo que não iria se pronunciar sobre o caso até receber os dados do inquérito. Os deputados Sandes Júnior e Rubens Otoni não se manifestaram.


Frente Parlamentar

Integrantes da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção participaram da reunião do Psol com o presidente da Câmara para reforçar o pedido, feito na semana passada, para que a Mesa Diretora obtenha informações completas sobre as investigações em curso. "Temos de ter conhecimento dessas peças para a proteção da nossa imagem", disse o presidente da Frente, Francisco Praciano.


O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), também esteve presente e disse que o partido "está disposto a investigar para valer, começando pelos deputados do partido", referindo-se à denúncia de que Cachoeira teria emprestado dinheiro ao deputado Stepan Nercessian (RJ), que já se licenciou do partido até que sejam concluídas as investigações. "Ele mesmo pediu investigação sobre si, e o partido confia nele", disse Bueno.


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3/04/2012 19:57

Maia se diz “estupefato” e líder afirma que DEM expulsaria Demóstenes


A desfiliação do senador Demóstenes Torres (GO), que saiu do DEM nesta terça-feira (3) para evitar um processo de expulsão, repercutiu na Câmara. O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que ficou "estupefato" com as denúncias, e o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), afirmou que o senador seria expulso do partido.


Ex-líder do DEM no Senado, Demóstenes está envolvido em documentos e grampos telefônicos que apontam tráfico de influência para favorecer o contraventor Carlinhos Cachoeira, investigado na Operação Montecarlo da Polícia Federal.


"Não parece razoável que o senador tenha se envolvido da maneira como se envolveu com uma figura carimbada da contravenção", disse Marco Maia.


Já o líder do DEM afirmou que a legenda "sai maior" do episódio. “O Democratas dá uma demonstração clara de que não passa a mão na cabeça de quem comete erros, seja do único governador — e o Brasil sabe do rigor com que enfrentamos o episódio do [José Roberto] Arruda [ex-governador do Distrito Federal] —, seja de um líder importante que coordenou a bancada no Senado”, disse.


ACM Neto comparou seu partido com o PT, que, segundo ele, “passa a mão na cabeça” dos envolvidos em escândalos do partido. O líder do PT, Jilmar Tatto (SP), reagiu: “A melhor maneira de se defender é atacando. O PT não tem dificuldade nenhuma de trabalhar e de fazer o debate político no terreno da ética.”


Reportagem - Carol Siqueira

Edição - Daniella Cronemberger