Roberto Marinho não defenderia o Robert(o)
O ansioso blogueiro encontra velho amigo dos tempos de Globo e pergunta logo, assim:
– Como é que vocês deixam os meninos defender o Robert(o) Civita ?
– Não são os meninos, são os colunistas, o Merval …
– Tá. É da cabeça do Ali Kamel …
– Mais ou menos …
– Me poupe, querido.
– O que é que a gente pode fazer ?, ele pergunta, assim com uma cara de brindeiro Gurgel. O que fazer ?
– Avisar que é uma fria. Que o pai deles não entrava nessa, nunca. O Robert(o) é chave de cadeia.
– Mas, é classe, meu querido. É a corporação. O que você chama de PiG (*).
– Que corporação... O “mais velho“ não dava bola pra corporação nenhuma. Ela estava preocupado era com o bolso dele.
– Sim, mas tem sempre o interesse da classe.
– Com ele não tinha isso. Era o interesse DELE. A “classe” que se virasse. Se o interesse da classe se confundisse com o dele, tudo bem. Se não, problema da classe ...
– É, você tem razão. O “mais velho” não se meteria nessa história, ter que defender o tal do Policarpo …
– O que você acha, você que conheceu bem o “mais velho”, o que você acha que ele pensaria numa hora dessas.
– O “mais velho” ?
– Sim !, o Dr. Roberto.
– Primeiro, ele não ia querer enfraquecer a posição dele com o Governo. Defender o Robert(o) não amplia com ninguém. Tá todo mundo se lixando para o destino do Robert(o) …
– O Miro está …
– Com o “mais velho”, o Miro não ia estar …
– Sim, mas, e a Ley de Medios ?, pergunta o ansioso blogueiro, que tem essa ideia fixa.
– E você acha que se o “mais velho” estivesse vivo ia sair alguma Ley de Medios sem conversar com ele antes …
– É … acho dificil.
– O “mais velho” ia querer guardar as fichas dele na mão, todas elas. E que o Robert(o) e o Policarpo se virassem sozinhos.
– No meio dessa confusão toda, ele, então, ia ficar quietinho.
– Quietinho, não ! Ele ia tentar compra a Delta por R$ 1.
Pano rápido.
Em tempo: para se ter uma ideia da falta que o "mais velho" faz, veja como o Bonner chorou ao dar a notícia da morte do supra-citado:
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.