Caracazo, a obra-prima tucana de SP
As imagens da revolta popular diante do caos do transporte público em São Paulo - clique aqui para ler "Caos em São Paulo, como Haddad vai derrotar Cerra" - fazem lembrar um dos fatos políticos que marcaram a História da América Latina - o "Caracazo".
Não adianta o PiG (*) ressaltar o "vandalismo".
O governador Alckmin, hoje no comando de 18 anos de tucanismo, reduz a reação popular a intenções eleitorais.
É irrelevante.
O protesto violento - e amenizado pelo PiG (*) e, especialmente, pela Globo - é sintoma de um mal mais profundo.
A falência do sistema tucano de governar e o cansaço que ele produz.
O "Caracazo" mudou a política da Venezuela.
O "Caracazo" da Chuíça (**) já mudou a política de São Paulo.
Mudou uma política de transporte público que pune o pobre e, agora, engarrafa os ricos.
Acabou.
Não adianta o Cerra se esconder atrás do PiG (*), hoje desfalcado da Veja, que se encaminha inexoravelmente para o jazigo onde se enterrou a revista semanal Visão.
A galera espera pelo Cerra na saída do metrô Itaquera.
Para uma conversinha.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Chuíça é o que o PiG (*) de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.