CPI já fisgou um tucano. Virão outros
O programa Entrevista Record Atualidade, que vai ao ar nesta segunda-feira na RecordNews às 22h15, logo após o programa do Heródoto Barbeiro, exibe entrevistas com os deputados Onyx Lorenzoni, do DEM-RS, e Cândido Vacarezza, do PT-SP, membros destacados da CPI do Robert(o) Civita.
Os dois concordam em pontos cruciais.
A CPI já deu resultados e vai continuar a dar.
Os próximos de depoimentos serão muito úteis.
O de Fernando Cavendish, dono da Delta, poderá revelar, segundo Lorenzoni, até que ponto o Governo Federal se deixou envolver pelas atividades ilegais da Delta, como o Estado de Goiás.
Lorenzoni lamenta que o Brasil não tenha seguido sugestão do Senador Pedro Simon que, a certa altura, quis fazer a CPI dos Empreiteiros – para interromper a sequência de CPIs que investigam corruptos e inocentam corruptores.
Vacarezza diz que não vai "blindar" o prefeito petista de Palmas, Tocantins.
E ele e Lorenzoni estão ansiosos pelo depoimento de Paulo Preto, que não foi arrecadador de campanha do Padim Pade Cerra, como esclareceu o William Bonner, num patético desmentido no jornal nacional.
Vacarezza lamenta que a CPI tenha decidido ouvir Paulo Preto, uma vez que ele foge do foco da CPI do Robert(o) Civita: o crime organizado em torno do Carlinhos Cachoeira, de que Policarpo Junior, ilustre diretor da Veja em Brasília, segundo Collor, era o “mastermind”.
Na opinião de Vacarezza, a CPI foi criada para ir pra cima do Carlinhos Cachoeira.
Mas, já que abriu o leque, ele está muito animado com o depoimento de Paulo Preto.
Que, se não foi “arrecadador”, fez empreitagens no Governo Cerra com a Delta, na marginal (sic) de São Paulo.
Vacarezza acha muito interessante que o PiG (*) queira fechar a CPI do Robert(o) Civita, na esperança de desacreditá-la.
O ansioso blogueiro concorda.
Esta CPI do Robert(o) Civita já prestou um serviço inestimável.
Mostrou, por exemplo, segundo o Demóstenes, que “o Gilmar mandou subir”.
Segundo a TV Record, foi possível melar o mensalão.
Descobrir que foram os tucanos que montaram a trampa dos aloprados para esconder as ambulâncias super-faturadas do Cerra e do Barjas Negri.
Que o brindeiro Gurgel talvez seja mais do que brindeiro: mas um prevaricador, segundo a denúncia de Fernando Collor, reafirmada por documentos da própria CPI.
(Apesar de repórter da Globo em Brasília pôr a mão no fogo por ele, em gesto jamais visto na Televisão Ocidental.)
A CPI do Robert(o) Civita vai fechar a Veja e, com ela a Abril.
A Veja se aproxima de seu Juízo Final.
E, como revelou o Leandro Fortes na Carta Capital, a Globo também pescou nas águas turvas do Cachoeira.
A ponto de ser obrigada a demitir insigne jornalista.
O Conversa Afiada reproduz abaixo documento que um deputado da CPI recebeu de sua assessoria.
Trata exatamente disso: de como a CPI do Robert(o) é óóóóóótima !
Não é à toa que o PiG (*) quer desmoraliza-la: um tucano ilustre já esta no papo.
Deputado,
Até o presente momento, a CPMI aprovou os seguintes requerimentos:
Quebras de Sigilo Pessoas Jurídicas 57
Quebras de Sigilo Pessoas Físicas 28
Convocações 110
A Polícia Federal havia quebrado os sigilos de 11, dessas 28 pessoas físicas, e 8, das 57 pessoas jurídicas.
A CPMI revelou as relações do governo Marconi Perillo com Carlos Cachoeira. A CPMI provou que:
1. Perillo vendeu a casa a Cachoeira em fevereiro;
2. A esposa de Cachoeira (Andressa Mendonça) contratou um arquiteto para reformar a casa em março (gastou mais de R$ 500 mil);
3. Cachoeira mandou rasgar o contrato com Perillo para que ele não aparecesse;
4. Tentou passar a casa para o nome de Deca (André Teixeira Jorge, auxiliar de cachoeira).
5. Solicitou que Wladmir Garcez vendesse a casa para Walter Paulo em julho.
6. Vendeu a casa a Walter Paulo por R$ 2,1 milhões.
Ainda sobre Perillo, a CPMI demonstrou que a cota de nomeação referida pela PF se confirma. Edvaldo Cardoso, presidente do Detran, é um dos integrantes dessa cota. Varias pessoas de segundo escalão foram indicadas por Cachoeira.
Lúcio Fiuza (Secretario Particular de Perillo), Eliane Pinheiro (chefe de gabinete do Governador Perillo), Jayme Rincon (tesoureiro do PSDB e presidente da Agetop), Ronald Bicca (Procurador Geral do Estado), entre outros secretários de Estado, têm relação direta com Carlos Cachoeira.
A CPMI apurou que a empresa fantasma de Cachoeira, Alberto e Pantoja, pagou dividas de campanha de Perillo para com o jornalista Luiz Carlos Bordoni e pesquisas de opinião de junto ao instituto Serpes (solicitada via Edvaldo Cardoso). Revelou ainda que outra empresa de Cachoeira, a Adercio e Rafael (atual G&C Construçoes), pagou dividas de campanha de Perillo para com Bordoni (segunda parcela).
Ou seja, já está provado que Perillo recebeu dinheiro do crime organizado.
Sobre o DF, a CPMI investigou e demonstrou que Carlos Cachoeira tentou, mas nao conseguiu corromper o governo. O foco foi a bilhetagem de ônibus.
A cpmi quebrou o sigilo bancário de 57 empresas, para buscar o CAMINHO DO DINHEIRO. A cpmi está no encalço de 13 empresas ligadas à evasão de divisas. Estas empresas estão sediadas no Uruguai, em Curaçao e nas Ilhas Virgens Britânicas. Essa será uma das principais colaborações da comissão.
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.