Mensalão tucano será em agosto de 2014 ?
Na superfície, parece que a maior vítima da coincidência do julgamento do mensalão com a eleição de 2012 foi o Cerra, vítima de uma rejeição sem precedentes.
Foi ele o único candidato que falou em “mensaleiro”, para se referir ao programa de transporte público do Haddad – e, como se vê, deu com os burros n'água.
Funcionou a pressão merválica pigânica (*) sobre o Supremo para que Peluso votasse contra Dirceu – e que o julgamento atingisse o auge na eleição para Prefeito.
Foi uma operação de engenharia alemã.
O PiG entrou com o motor e o Supremo com a funilaria.
É obvio que o PT sofreu e sofrerá nessa eleição com o massacre do PiG (*) e especialmente do jornal nacional.
A estratégia do Ali Kamel – o mais poderoso diretor de jornalismo da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três) – é de uma obviedade colossal.
Em cada telejornal (sic), ele rememora todas as acusações e a condenações de todos os réus.
Parece comercial das Casas Bahia.
O mesmo produto, os mesmos preços, sempre aos gritos.
Chegaremos ao ponto de o jornal nacional dedicar mais tempo ao mensalão do que ao merchandising do Brasileirinho.
(Quando acabar o horário eleitoral e ele tiver que entregar para a novela, quero ver o Florisbal deixar ele derrubar o jornal com o mensalismo.)
Por mais que o eleitor descole a eleição do julgamento, que esteja mais preocupado com o transporte público do que com o voto do Peluso, ainda assim é inevitável que o jornal nacional interfira no processo eleitoral.
E na imagem do PT.
João Paulo Cunha foi o primeiro Presidente da Camara egresso do PT.
(Papelão ...)
O Ali Kamel deve saber disso.
Porque, como diria o Ministro Marco Aurélio (Collor de) Mello do Lula, o Kamel também é “safo”.
Vamos ver como se comporta o Supremo sob a presidência do Ministro Joaquim Barbosa.
Quando será julgado o mensalão dos tucanos ?
Em agosto de 2014 ?
E, aí, o PiG continuará a exaltar tanto o Ministro Barbosa ?
Em tempo: no julgamento do mensalão tucano, Barbosa terá um encontro com Daniel Dantas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.