Política

Você está aqui: Página Inicial / Política / 2012 / 11 / 04 / “Xoque de jestão”. Aécio é o nosso Romney

“Xoque de jestão”. Aécio é o nosso Romney

O Aécio que experimente subir lá no Alemão e dizer: quero ser Presidente da República para promover um “xoque !”. Vai sair correndo. Não vai dar tempo nem de pegar o teleférico de volta.
publicado 04/11/2012
Comments

Na pág. 29 desta Carta Capital, Cynara Menezes pergunta a Aécio Never:

– Se o senhor fosse presidente, quais seriam suas prioridades ?

– Eficiência na gestão publica. Não existe nenhuma medida de maior alcance social do que a boa aplicação do dinheiro público.”

Navalha

Aécio é o nosso Romney.

“Eficiência na gestão pública” é tudo o que a FEBRABAN quer ouvir.

A FI EP (*).

A Associação Comercial de Minas.

Como o Romney, que defendeu a estadualização – um choque de jestão – da defesa contra enchentes e furacões na véspera do Sandy.

E talvez perca a eleição por isso.

O ansioso blogueiro imagina o que seria “um xoque de jestão” no Bolsa Família.

Certamente não seria a “duplicação“ do Bolsa Família que o Cerra - neopopulista - prometeu na véspera da eleição de 2010.

Como não seria a privatização do Bolsa Família para o WalMart, como um amigo navegante desconfia que o Cerra fizesse.

Com o Aécio seria um “xoque de jestão” novo, up to date.

Nomear a Fundação Dom Cabral para gerir o Bolsa Família, o Brasil Carinhoso e o Luz para Todos.

Pedir à Gol do Constantino para administrar o teleférico do Alemão.

E incumbir a Chevron para tocar o pré-sal.

Sim, porque, até agora, tudo o que o Aécio conseguiu reunir em torno de si foram os mesmos cérebros do Fernando Henrique que conceberam a Privatização – e a realizaram.

E o Plano Real que, segundo livro clássico do Luis Nassif, “Cabeças de Planilha”, resultou, por acaso, por um golpe de sorte, num “prêmio” muito especial a um dos cérebros do projeto: o “mineiro” André Lara Resende.

Como o Nassif também é mineiro, bem que o Aécio poderia perguntar a ele a forma que o “prêmio” tomou.

Já que o Aécio não ouve o Mauro Santayana.

Pois, se o fizesse, não diria que sua prioridade é a “gestão pública”, a melhor política social ...

Hayek e Milton Friedman seriam incapazes de tamanho despautério.

Experimente subir lá no Alemão e dizer: quero ser Presidente da República para promover um “xoque !”.

Vai sair correndo.

Não vai dar tempo nem de pegar o teleférico de volta.

 



Em tempo: antes de promover o “xoque de gestão”, o Aécio Never deveria, primeiro, “abater” o Fernando Henrique. Que se reúne com ele para tomar vinho e, em público, defende o Cerra.

Em tempo2: se o Aécio ouvisse mineiros ilustres, perceberia que não há “xoque de jestão” que dê conta de São Paulo. E São Paulo não vai entregar a rapadura a Minas, nem quando Minas tiver mar.


Paulo Henrique Amorim


(*) O Conversa Afiada prefere se referir à FI EP do ilustríssimo socialista Paulo Skaf. Ele e sua progressista organização, ao lado do prefeito eleito de Manaus e de Fernando Henrique Cardoso, tiraram o remédio da boca das crianças, ao extinguir a CPMF. Uma das virtudes da CPMF era rastrear o Caixa Dois, que, em São Paulo, se chama de “bahani”.


Conteúdo relacionado
FHC está com Cerra e não abre