Política

Você está aqui: Página Inicial / Política / 2012 / 11 / 07 / ! Viva Obama ! (Com sotaque espanhol)

! Viva Obama ! (Com sotaque espanhol)

Quem re-elegeu Obama foram os amigos dele, aqueles a quem Lula recomendou dar mais atenção. Como ele fez aqui com os “sub-proletários”.
publicado 07/11/2012
Comments

Como disse o Huffington Post, em espanhol mesmo: ! Viva Obama!


Barack Obama Reelection Signals Rise Of New America



Obama, o mestiço do Havaí, com passagens pelo Kansas, Indonesia, Los Angeles, Nova York e Chicago se re-elegeu, em boa parte, porque ele e o Partido Democrata que lidera encarnaram essa Nova América. Sua coalizão vitoriosa falou por ele e sobre ele: uma boa parte do voto dos brancos (45% em Ohio, por exemplo), 70% do voto latino no país inteiro, 96% dos votos dos negros, e uma ampla proporção de americanos de origem asiática e das Ilhas do Pacífico.

Disse um estrategista do Partido Republicano: “Foi uma catástrofe. Essa terá que ser a última vez em que o Partido Republicano tenta vencer dessa forma.” Os republicanos ficaram reduzidos aos brancos, casados, que vão à missa.


(Romney seria o primeiro presidente Mormon.)

Obama, the mixed-race son of Hawaii by way of Kansas, Indonesia, Los Angeles, New York and Chicago, won reelection in good part because he not only embodied but spoke to that New America, as did the Democratic Party he leads. His victorious coalition spoke for and about him: a good share of the white vote (about 45 percent in Ohio, for example); 70 percent or so of the Latino vote across the country, according to experts; 96 percent of the African-American vote; and large proportions of Asian Americans and Pacific Islanders
.

The Republican Party, by contrast, has been reduced to a rump parliament of Caucasian traditionalism: white, married, church-going -- to oversimplify only slightly. "It's a catastrophe," said GOP strategist Steve Schmidt. "This is, this will have to be, the last time that the Republican Party tries to win this way."

Para considerações mais políticas, vá ao New York Times.


Obama Wins New Term as Electoral Advantage Holds



Por exemplo, os republicanos mantiveram o controle da Câmara dos Deputados.

O que pode provocar, como no primeiro mandato, uma paralisia de decisões.

Com segurança, porém, se pode dizer que o “Obamacare”, o remendo de SUS que, a duras penas, Obama aprovou, será preservado.

(Romney prometeu destruí-lo.)

Essa foi a primeira eleição depois de o Supremo (sempre o Supremo !) decretar o “liberal geral” nos gastos com campanha eleitoral.

O New York Times calcula que tenham sido gastos US$ 6 bilhões (!!!) em toda a campanha.

Depois que as redes de tevê anunciaram a vitória de Obama, Romney ainda levou 90 minutos para fazer o discurso em que admitia a derrota.

Segundo o New York Times, esperava para ver onde ia poder recorrer à Justiça para recontar votos.

Como se sabe, na primeira eleição, Bush, o filho, ganhou no tapetão, na Suprema Corte (!!!) uma eleição que perdeu na Florida e, portanto, no país inteiro, no sistema (arcaico) de eleição indireta americana de colégio eleitoral.

Mais ou menos como aqui, em que o Padim Pade Cerra fala DEPOIS de o candidato eleito se dirigir aos eleitores.

(Romney deu a entender que não se candidata mais. Padim deu a entender que se candidatará a presidente em 2014.)

Em suma, quem re-elegeu Obama foram os amigos deles, aqueles a quem Lula recomendou dar mais atenção.

Como ele fez aqui, com os “sub-proletários” a que se refere o André Singer.

E o Brasil com  isso ?

Com relação ao Brasil, a política do Obama foi medíocre.

A ficha ainda não caiu.

Como já caiu para a Copersucar, que comprou a  Eco-Energy, que detém 9% do mercado de etanol dos Estados Unidos.

Em tempo: as pesquisas de opinião pública erraram pouco. A do Huffington Post, por exemplo, que contratou um trabalho de ponderação de 82 (!!!) pesquisas nacionais e estaduais, esteve razoavelmente próxima do resultado final. Aqui, nessa PiGocracia, os pesquisas do Globope e do Datafalha merecem o que Mark Tawain delas disse: há mentiras, mentiras deslavadas e estatísticas. Sobre a fria que é "analisar" pesquisas - como fazem os colonistas (**) do PiG (*)  - e extrair linhas políticas de ação - como fazem muitos marqueteiros - não deixe de ler "Why the Conservative Media Got It So Wrong".


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.