Henrique Alves cassará Genoíno ?
- Quantas chances em dez tem o Marco Maia de resistir, pergunta o ansioso blogueiro.
- Dez.
- Dez ? Ele não vai Odarelar ?
- Não, porque seria a desmoralização completa do Legislativo.
- Mas, ele tem apoio, dentro da Câmara, para fazer isso, pergunta o ansioso blogueiro.
- Tem. Tem muita gente no PMDB e mesmo entre os conservadores. Tem muita gente que não aceita essa desmoralização.
- Então, o PMDB segura e ele não cassa.
- Veja bem, ansioso blogueiro, a cronologia não é essa.
- Como assim ?
- O Marco Maia vai dar posse. Quem tem que cassar é o Henrique Alves, do PMDB.
- Ah, então, babau. O Henrique amarela, sentencia o ansioso blogueiro.
- Calma, entenda a situação. A vaga para o Genoíno se abre no momento em que o deputado eleito tomar posse no seu cargo, dia primeiro de janeiro. O Genoíno é suplente, como você sabe. Dia dois de janeiro, o presidente da Câmara, Marco Maia, dá posse ao Genoíno e aos outros eleitos ainda que condenados. Como o João Paulo.
- E quando é a eleição do Henrique Alves pro lugar do Marco Maia ?
- Em fevereiro.
- Então, em fevereiro o Henrique amarela...
- Você acha, ansioso blogueiro ?
- Acho. O Michel Temer vai mandar ele amarelar, assim como a CPI amarelou na hora de chamar a Veja pra depor.
- Acho difícil. Um presidente da Câmara rasgar a decisão do antecessor … um antecessor que deu posse a colegas eleitos. É uma vergonha. Não se elege nunca mais.
- E qual é o problema ?
- É ele ir ao banheiro e a luz faltar.
Pano rápido.
Em tempo: a identidade do interlocutor é um daqueles mistérios que acompanham as “reportagens” investigativas do PiG (*) e suas Ilustres colonas (**).
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.