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Genro vs Dirceu. Genro vs Dilma

Genro sugere que a Presidenta rompa o acordo com o PMDB e jogue o Henrique Alves numa cisterna no Rio Grande do Norte ?
publicado 14/01/2013
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Saiu no Globo, o 12º voto no Supremo:

Tarso Genro: 'Usamos os métodos de partidos que criticávamos'


Governador diz que Dirceu enfrenta o mensalão de forma ‘equivocada’

… “a forma como o Dirceu está enfrentando essa questão ( do mensalão do PT) é equivocada, porque tende a estabelecer uma identidade dos problemas que ele está enfrentando com o problema do PT, com o conjunto, e trazendo para a sua defesa o partido como instituição.”

Navalha

Na mesma entrevista, Tarso Genro diz ao Globo que “se teve de inventar (sic) uma tese de domínio funcional dos fatos para condenar lideranças do partido”.

Sucedeu Genoíno na presidência do PT e reconhece que “ele (Genoíno) assinou empréstimos agora pagos e que o fez de boa fé”.

Portanto, ele aceita a tese de que o mensalão (do PT) foi um julgamento político, de exceção, sem provas, como admite o próprio Inquisidor, o brindeiro Gurgel: clique aqui para ler “Gurgel reconhece que condenou Dirceu sem provas” e a resposta de Dirceu: “Gurgel condenou com base numa farsa”.

Até aqui, Genro e Dirceu estão de acordo.

De acordo com Genoíno também, que disse a este ansioso blogueiro que só foi condenado porque era presidente do PT.

A diferença, portanto, entre o julgamento do mensalão (o do PT ) e os da Santa Inquisição é que, neste caso, a sessão era secreta – no outro, foi em tevê aberta, para que o Auto da Fé se realizasse, aí, sim, em praça pública.

Muito bem: se Genro, Dirceu e Genoíno concordam em que se trata de um “julgamento político”, como reagir a ele ?

Como se defender dele – já que ainda há recursos a julgar, com três novos ministros ?

Como impedir que um novo julgamento político – sempre antes do julgamento do mensalão dos tucanos ou da Privataria - venha a punir lideranças do maior partido trabalhista ?

Com o evitar que o “domínio dos fatos” chegue ao Lula ?

E quando os Chinco Campos (*) concentrarem sua “técnica” na análise do comportamento do Presidente “safo” ?

E, mais tarde, na Dilma, numa sequência desde sempre preparada ?

A defesa do Dirceu e do Genoíno – e a do Lula e da Dilma - tem que ser política.

Política, como ?

Vai fazer política onde ?

No Centro de Tradições Gaúchas ?

Nas ruas !

Nos blogs.

Nos espaços públicos que a Genro são oferecidos – de uns tempos a esta parte – com mais generosidade do que a Dirceu.

É como o PT nacional tem feito – é o que o presidente Rui Falcão tem feito.

É o que o Dirceu e o Genoíno fazem, quando podem.

No campo da batalha do PT com o PiG (**), condenar “os métodos de partidos que criticávamos” é desempenhar o papel do PiG – demolir o PT.

Por que o governador gaúcho não aproveitou o espaço generoso dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio - para defender a Ley de Medios – como faz o PT ?

Quem disse que foi o Dirceu que instalou a questão do mensalão (o do PT) no centro da agenda política do país ?

E que isso “contaminou” todo o partido, toda a esquerda ?

Quem fez isso foi o PiG !

O Haddad pode dar interessante testemunho sobre a matéria: como o Padim Pade Cerra empunhou o mensalão na vitoriosa campanha para prefeito.

Não foi o Haddad que tratou do assunto.

E a política de alianças da Presidenta Dilma ?

É sacrossanta ?

Quer dizer que agora teremos Henrique Alves presidente da Câmara, Eduardo Cunha líder do PMDB e Renan Calheiros presidente do Senado como se fosse a nova hierarquia de Congregação Mariana ?

Que “política de alianças” é essa, a da Presidenta - deveria perguntar o Genro ?

Onde é que fomos parar ?

Teremos um Governo do DNOCS, Presidenta ?

Daquela Furnas, velha de guerra, que o Cunha iluminava ?

O que dirá Genro ?

Ele sugere que a Presidenta rompa o acordo com o PMDB e jogue o Henrique Alves numa cisterna do Rio Grande do Norte ?

E que alianças permitiram eleger e permitem Genro governar ?

São todos congregados marianos ?

Não existe o “PT sujo” e o “PT limpo”.

O “PT limpo” foi para o PSOL.

E deu no que deu …

Genro diz que o “PT já (a Dirceu) deu a solidariedade que tinha que dar”.

O Paulo Preto será capaz de responder a isso: “não se abandona um companheiro na beira da estrada”

Esse é o “método tucano”.

Qual é o petista ?

 



Clique aqui para ler “Dilmar tem a ver com o mensalão, sim !

Em tempo:

Leia também, ainda sobre a matéria, “Safatle tem razão, o PT tem que explicar”, onde o ansioso blogueiro trata de Daniel Dantas, personagem que Genro omite nesses seus “momentos-Catão”, de “Brossard-do-PT”.

Como se sabe, quando Ministro da Justiça, Genro coonestou o defenestração do ínclito delegado Paulo Lacerda.

E se curvou tanto ao então Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (***) , que, aqui, ficou conhecido como o “Abelardo Jurema” do Governo Lula.

Em tempo2: o Bessinha, como sempre muito atento, percebeu que o PiG e um tucano não empurram o outro no precipício. Uma questão de "método".


Paulo Henrique Amorim

(*) Ao proferir seu Canto do Cisne e ameaçar o Presidente da Câmara com a cadeia, o decano Celso de Mello citou Chico Campos, o redator da “Polaca”, a Constituição ditatorial de 1937. Em homenagem a ele e a Chico Campos, o Conversa Afiada passa a referir-se aos Cinco Constituintes do Supremo – Celso de Mello, (Collor de) Mello, Fux, Barbosa e Gilmar – como os “Chinco Campos”. E lembra que Rubem Braga, quando passava de bonde pela Praia do Flamengo e via acesa a luz do apartamento do Chico Campos, dizia: “Quando acende a luz do apartamento do Chico Campos há um curto-circuito na Democracia”.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…