Apoio de Campos a Dilma tem data de vencimento
Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso:
Campos quer unificar discurso para colocar PSB como opção na Câmara
O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, pretende fazer um rearranjo na atuação de sua bancada na Câmara dos Deputados com o objetivo de harmonizar o discurso dos parlamentares com o que tem feito desde o término das eleições de 2012. Basicamente, aproximar-se do debate federativo e de reaquecimento da economia e colocar-se como alternativa à dupla PT e PMDB.
Para tanto, convocou para a Câmara dois correligionários de sua confiança que assumiram funções nos governos estaduais e retornaram para cumprir esse papel. Um deles é Márcio França, que foi secretário de Turismo de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo; o outro é Beto Albuquerque, até dezembro secretário de Infraestrutura de Tarso Genro (RS) no Rio Grande do Sul.
Eduardo Campos disse à Época que não é candidato em 2014, porque 2014 é da Dilma.
E agora diz que o apoio a Dilma tem data de vencimento: 2013 .
Eduardo Campos é candidato em 2014 ?
Depende da Dilma.
Depende do Governo Dilma daqui pra diante.
Eduardo Campos é um excelente Governador.
Boa parte de seu sucesso dependeu do apoio fervoroso do Presidente Lula – como foi, por exemplo, a construção do porto de Suape e a instalação da fábrica da Fiat.
E Campos fez por merecer.
É razoável ele pleitear a Presidência ?
Por que não ?
Para evitar que caia nas mãos do Cerra, então, nem se fala.
Mas, é cedo para ele se pronunciar.
Até 2014, é razoável que ele queira tirar o PSB debaixo da asa do PT.
Mas, e o PT ?
Vai entregar a rapadura, mesmo que seja a Campos ?
No programa do Ratinho em que lançou a candidatura de Fernando Haddad, Lula avisou que, para evitar que um tucano (Cerra) suba a rampa do Palácio do Planalto, ele seria candidato.
E o Presidente Lula – ele será candidato em 2014 ?
Depende da Dilma.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.