Cerra culpa Russomanno pela derrota
Saiu no Valor, PiG (*) cheiroso:
Derrota de Russomanno faz PRB mudar estratégia
Sobre a derrota na disputa à sucessão paulistana, o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, faz uma avaliação de rara franqueza, ao dizer que faltou à sigla "experiência e diálogo". "Tínhamos o candidato certo e a proposta errada. O bilhete proporcional matou a candidatura do Russomanno, simplesmente porque a proposta era horrível e os adversários souberam explorar isso", admite.
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Na segunda-feira, Pereira encontrou José Serra, candidato do PSDB derrotado no segundo turno, na cerimônia de posse do novo secretário de Esportes estadual. Depois das gentilezas habituais, Serra teria lhe dito: "Se vocês não tivessem colocado aquela ideia imbecil do bilhete proporcional, hoje o prefeito de São Paulo seria o Celso Russomanno ou eu, porque o PT não iria ao segundo turno", conta Pereira.
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Aí está o Padim Pade Cerra de corpo inteiro.
Primeiro, chama a proposta de Russomanno de “imbecil”.
Um cavalheiro …
Depois, culpa Russomanno pela derrota.
Sim, porque, não fosse a “imbecil” proposta, ele e Russomanno iam para o segundo turno e, claro !, ele esmagaria o Russomanno.
O autor de uma proposta “imbecil” não resistiria à inteligência e à genialidade dele, Cerra !
Logo, o Cerra não perdeu.
O Haddad, um mero poste, não ganhou.
Em 2012, foi o Russomanno que não deixou o Cerra ganhar.
Em 2002, culpa da derrota foi o Farol de Alexandria, com aquele glorioso Governo do apagão, três visitas ao FMI e os juros de 45%.
Em 2010, mesmo com a ajuda do Gilberto Freire com “i” (**), na fatídica bolinha de papel, o Padim só perdeu porque o Aécio não quis ser vice dele – como previa, em êxtase, a “massa cheirosa”.
A culpa foi do FHC, do Aécio e, agora, do Russomanno.
Ele é “sem noção”.
Diante do “xoque de jestão” do Aécio – aquele que não passa de Juiz de Fora – o ansioso blogueiro torce, com fervor, para que o PSDB recupere o bom-senso, encaminhe o guru do Aécio, o FHC, à Avenue Foch, e caia na real: só o Padim tem grana e PiG (*) para ser candidato a Presidente.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro "Não somos racistas", onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï". Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com "i".