Eduardo faz campanha com $ da Dilma
Saiu na pág. 19 do Globo - "Contratos em risco (sic) - Planalto x governadores - Para Presidência proposta é eleitoreira, mas (sic) Estados apoiam".
"Virtual candidato do PSB à Presidência" , segundo O Globo, Eduardo Campos propôs que a Dilma mande R$ 4,5 bi de antecipação aos estados não-produtores de petróleo.
Ou seja, além de tudo a que a União já renunciou para conseguir um acordo sobre os royalties, terá que renunciar mais.
Segundo O Globo - o 12º voto no STF, o que se comprova no post "Terá sido Gilmar o 'garganta profunda' do julgamento do mensalão ?" -, essa "antecipação" de R$ 4,5 bi seria pré-condição para os governadores aprovarem destinar o dinheiro do pre-sal à Educação.
Clique aqui para ler "Preferem chafariz ou Educação ?".
Edificante !
Interessante é a estratégia do "virtual candidato" do PSB - adular os governadores de Estados onde o PSB não existe.
O Rio, por exemplo.
Mas, será surpreendente se o carioca acreditar que Eduardo defende o Rio melhor que Sergio Cabral, Pezão e Lindbergh nessa (equivocada) batalha dos royalties.
Só se for na cabeça da Globo.
Que sofre as dores do parto que antecede a escolha do candidato a presidente.
Na eleição do Collor, Roberto Marinho, primeiro, pensou que ia de Quércia.
Depois, de Covas.
Só depois que já liderava as pesquisas é que Collor recebeu o frenético apoio de Roberto Marinho.
(Collor se lembra disso melhor do que ninguém ...)
É essa vacilação angustiante que, hoje, se percebe nas colonas (*) do Ataulfo Merval de Paiva (**).
E, como demonstra o romance "O Brasil", do Mino Carta, a leitura do Ataulfo indica o que os filhos do Roberto Marinho - eles não têm nome próprio - pensam.
Porém, dessa vez, quem lidera as pesquisas está do lado de cá.
Como do lado de cá estava o Arraes, que inspirou reflexões de Saul Leblon sobre "coerência e traição".
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.