Quem a Globo vai apoiar: O Eduardo ou a Dilma ?
Roberto Amaral, vice-presidente do PSB, em 20 de fevereiro de 2013, no Estadão:
"Não seremos 'viagra' da oposição. O campo do PSB é à esquerda" disse Amaral. Ainda sobre oposição, Amaral reforçou que PSB não terá nenhum representante se opondo ao governo. "Não temos ninguém no PSB para fazer o papel de FHC."
Roberto Amaral, no Estadão, em 1º de abril de 2013, pág. A8:
- “Candidatura de Campos não será de oposição a Dilma”
- “Quais são os interesses de classe, quais interesses da sociedade que serão atendidos no nosso programa, qual seria nossa contribuição para o processo democrático ? Ainda não temos uma resposta.”
- “Imagine que coisa maravilhosa seria uma disputa de Dilma com Eduardo, você não dar margem para a direita … Nossos companheiros não estão entendendo o processo. É sempre bom lembrar que o sistema é de dois turnos.”
Quer dizer que, depois de dois mandatos de governador, ser ministro de Estado do Presidente Lula, e da convivência com Miguel Arraes, Eduardo ainda não sabe que interesses de classe que defende …
O ansioso blogueiro pergunta: no segundo turno, num mano-a-mano, tucanuardo vs Dilma, quem a Globo vai apoiar ?
A quem os recursos jornalísticos do jornal nacional do Gilberto Freire com “ï” (*) servirão ?
Se o jn melar a eleição e o Supremo intervir: quem o Supremo elegerá ?
O ansioso blogueiro desconfia que o tucanuardo já escolheu a que interesses servir.
Ele faz parte da estratégia dos tucanos.
E, por enquanto, o líder sindical que o procurou – para defender os interesses do imaculado banqueiro no porto de Santos - foi o Pauzinho do Dantas, como aqui ficou conhecido o Paulinho da Força, sparring eleitoral da Soninha Francine e do Padim Pade Cerra.
O tucanuardo mereceu o apoio do Padim Pade Cerra.
Visitou o Herói da Pátria, o Thomas Jefferson.
Navega em São Paulo pelas mãos de Jorge Bornhausen, um socialista (e nacionalista) de longa data.
E seu anfitrião em São Paulo também queria ser presidente da República, não fossem certos bônus eleitorais.
Vamos ver se o tucanuardo será mesmo um candidato igual à Dilma:
- Ele também é contra a Ley de Medios ?
- Ele esculacharia a Comissão de ½ Verdade, seria a favor de depoimentos catárticos ?
- Ele entregaria os bens reversíveis da União às teles, como parece pretender o Paulo Bernardo ?
- O presidente Eduardo mandaria a SECOM ir buscar o BV que as empresas estatais cedem à Globo, em desrespeito a decisão do Supremo quando precisou degolar o Pizzolato ?
- E o ponto nevrálgico das questões políticas do país, desde que Vargas criou a Petrobrás – como mostra o Santayana - e, por ela, se matou: o tucanuardo é favor de entregar o pré-sal à Chevron ?
- Que interesses Eduardo pretende representar ?
- Ele está disposto a enfrentar o Ataulfo Merval de Paiva (**), se se mantiver “na esquerda”?
- Ou ele será tão “esquerdista” quanto o Fernando Henrique ?
- Ou, de fato, não passa de um viagra servido na Casa Grande ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.
(**) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.