Eduardo a caminho da Cerra
O Conversa Afiada localizou o Oráculo de Delfos, dessa vez na catedral de São Paulo, em Londres, onde espera o Fernando Henrique para as exéquias de Margaret Thatcher:
Prezado Oráculo, para onde caminha o Eduardo?
Ele respondeu num fôlego só:
Fechados os caminhos de uma candidatura situacionista (Dilma, diante do lançamento da candidatura do
Eduardo pela midia e aceita tacitamente por ele, declarou a dela; não há como retirar o PMDB da vice e nem deve) resta a lógica inevitável de se tornar uma candidatura de oposição.
Os conservadores não o deixarão escapar pela tangente a menos que dispense ajuda financeira.
Breve ele terá que dizer que é a favor do regime de concessão da Petrobras.
Ainda assim, o que justificaria uma candidatura dissidente?
Rejeição ao PMDB?
E as coligações do PSB com o mesmo PMDB e, pior, com o PSDB, Brasil a fora?
Projeto de governo? Seria contra a política social, contra a revolução na infraestrutura material da economia, inclusive em Pernambuco?
Contra a política internacional?
Aventar modificações e melhorias na margem dos processos em curso não justifica a abertura de uma dissidência nesse nível.
Em nome de quê o PSB, que convive com todos os partidos da coalizão desde Lula e nunca reclamou, apresentará um candidato presidencial ou vice alternativo?
O PSDB não tem discurso porque seja incompetente, mas porque, no período em andamento, não há discurso fora do governo senão o do conservadorismo dos costumes: sexo, corrupção, levando passo a passo até a direita.
Cerra que o diga.
Pano rápido.