Política

Você está aqui: Página Inicial / Política / 2013 / 04 / 29 / Eduardo: dá para fazer mais inflação

Eduardo: dá para fazer mais inflação

Pauzinho do Dantas perdeu o pudor: parece aqueles camioneiros que a CIA contratou para derrubar o Allende.
publicado 29/04/2013
Comments


Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso:

Paulinho afronta Dilma e defende gatilho salarial


Por Raphael Di Cunto
De São Paulo

Em briga com o governo federal, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), vai lançar, "diante da alta da inflação", uma campanha para que o reajuste dos salários torne-se trimestral. "É uma forma de recuperar o poder de compra. O governo não consegue segurar a inflação e não dá para o trabalhador pagar a conta", afirma Paulinho.

O pedetista pretende usar a comemoração do 1º de Maio das centrais, na quarta-feira, para fazer uma "votação" sobre se a proposta tem apoio dos mais de 2 milhões de trabalhadores que são esperados nos shows que ocorrerão em São Paulo, organizados pela Força, UGT, CTB e Nova Central - apenas a CUT, ligada ao PT, faz evento separado.

Além do confronto ao governo federal com a campanha pela indexação dos salários à inflação, os possíveis rivais da presidente Dilma Rousseff (PT) também vão ter palanque na quarta-feira. Confirmaram presença três pré-candidatos à Presidência: o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a ex-ministro do Meio Ambiente Marina Silva (sem partido).

Navalha

O Pauzinho do Dantas, como aqui é conhecido Paulinho da Força, integra a plêiade de aliados políticos do Eduardo Campriles, autor da notável carta aos brasileiros.

(Para ter direito a um garden-party na Big House, Eduardo ainda precisa dizer que o pré-sal deve ser entregue à Chevron, como já fez o Aécio, logo no primeiro discurso de candidato. A Bláblárina vai convocar um plebiscito. Sobre o pré-sal e o direito de jogar papel na rua.)

Pauzinho está na edificante companhia de Aécio, Padim Pade Cerra, Bornhausen, Alckmin, Agripino, Jarbas, Malafaia, D Odilo, Ataulfo Merval (**), Gilberto Freire com “i” (***), Gilmar Dantas (****), a Chevron, Bento XVI, Bláblárina, Roberto Jefferson, Lagareira, Farol de Alexandria – a mais fina flor do quintal da Big House.

Pauzinho resolveu ir pra cima.

Perdeu o pudor.

Parece um daqueles camioneiros que a CIA financiou para derrubar o Allende: articular o caos econômico.

Pauzinho articula o Golpe nas bases.

Foi dele a ideia de parar os portos do Brasil, caso Eduardo e Daniel Dantas perdessem a MP dos Portos.

Provavelmente vão perder, e os portos não vão parar.

Agora, Pauzinho, Eduardo, Bláblárina e Aécio Never vão para o Primeiro de Maio com a tocha acessa para incendiar a inflação.

Dá, sim, para fazer mais.

Mais inflação.

 





Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.

(***) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.

(****) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…