Próximo passo do Golpe: levar para 2º turno
Os pesquisólogos do PiG (*) bradam “vitória !”
Aí incluído o Gilberto Freire com “i” (**), que abriu as páginas do Fantástico para a retumbante notícia.
Aquela notícia que o Mauricio Dias, com a devida antecedência, analisou na Carta Capital.
Dilma “despencou”, dizem os pesquisólogos, por causa da inflação desembestada.
O interessante é que nem uma pesquisa, desta segunda-feira, com economistas que trabalham para bancos, indica “desembestamento” da inflação.
Ao contrário: prende-a confortavelmente (5,8%) abaixo da faixa da meta que vai até 6,5%.
(Essa pesquisa deveria estar pendurada no site da Febraban, federação dos bancos, ou do Itaú, já que não tem nada a ver com o Banco Central do Brasil !)
Nada desembestado.
Trata-se, portanto, de um Golpe com data de validade estreita.
O Conversa Afiada não acredita em pesquisas no Brasil, onde um duopólio piguento – o Datafalha e o Globope – controla o mercado e abastece o Golpe.
Em nenhum país razoavelmente sério do mundo há dois institutos de pesquisa de tendência eleitoral que manipule a mídia dessa forma opaca e desavergonhadamente partidária.
É o PiG de costas para o Brasil, diz o Leblon.
O poder deles é decrescente.
Mas, ainda basta para, por exemplo, nacionalizar o aumento do preço do tomate na Moóca, como fazem, de manhã à noite, os telejornais do “i”.
Disseminar o pânico da inflação.
Instalar a crise onde não há.
Essa tentativa de Golpe será sucedida de outra, num próximo Globope ou numa reedição do Datafalha.
Levar a eleição para o o segundo turno.
E, aí, no segundo turno, os telejornais (sic) do “i” tem mais poder.
A urna eletrônica, inconferível, do Nelson Johnbim pode ser valiosa.
O TSE, idem.
E desaguará tudo no Supremo do Paraguai.
Não esquecer que o Lugo caiu no Supremo paraguaio com a morte de um índio.
E os “ruralistas” se preparam para atear fogo às estradas.
(Clique aqui para compartilhar da perplexidade do Conversa Afiada, que quer saber por que caiu o manda-chuva da Polícia Federal.)
Como diria o Dr Tancredo, em política, meu filho, não há coincidências.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.