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Bláblárina, a doce déspota. O Ayres vai cochilar de novo?

Se ela tem tanta intenção de voto, por que não arrumou as assinaturas ?
publicado 27/08/2013
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Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso:

Relatora do registro já teve embate com Rede


Por Raphael Di Cunto e Juliano Basile | De Brasília


Em meio a críticas da direção do Rede Sustentabilidade à ineficiência de cartórios eleitorais na verificação de assinaturas para fundação do partido, a corregedora-geral da Justiça Eleitoral, ministra Laurita Vaz, foi sorteada ontem para ser relatora do processo de registro da legenda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Laurita teve um mal-estar recente com a direção do partido. Reuniu-se no dia 16 com a ex-senadora Marina Silva, principal nome da sigla, para ouvir queixas sobre os atrasos dos cartórios eleitorais em analisar as fichas de apoio à legenda. Diante da reclamação, Laurita questionou tribunais eleitorais de nove Estados, e ouviu deles que as críticas, na maior parte dos casos, eram improcedentes.

"Não foram constatadas, diferentemente do alegado pelo partido, situações irregulares, à exceção de uma zona eleitoral, na qual o juiz determinou a remessa da lista ao Ministério Público, diante da alegação de eleitores de não terem assinado as fichas de apoiamento", afirmou o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). A disputa de versões e a pressão do Rede em jogar para a justiça eleitoral a culpa caso não consiga o registro a tempo causou mal-estar no TSE.



Clique aqui para ler “Bláblárina quer levar no grito”; aqui para ler “Marcos Coimbra: Bláblárina não funda partido nenhum”;  e aqui para ler “por que o PiG trata a Bláblárina a pão de ló”.

Navalha

Como diz o Marcos Coimbra, a Bláblárina não tem nada de novo.

Lembra o Fernando Ferrari, o candidato das “mãos limpas”, do “novo” da República de 46.

Também tinha saído da costela do trabalhismo, como ela.

E não foi a lugar nenhum.

É outra Eduardo Campriles, com a lorota do “dá para fazer mais” - clique aqui para ler “as três opções do Eduardo, em Caiado e UDR estão com ele”, e aqui para ler Eduardo e os administradores de fortunas.

É tudo do lado de lá, como diria o Fernando Lyra, “o importante é o rumo”.

O traço marcante da Bláblárina é o despotismo.

O centralismo.

O individualismo.

O egocentrismo.

É ela e mais ninguém.

Ela faz as regras.

No dia em que o PV não se curvou a ele, foi embora, prometeu revelar cobras e lagartos da copa e cozinha do PV de São Paulo e não produziu um dente de alho.

Ela faz as regras inclusive da legislação eleitoral.

Agora, na fase do bye, bye Blablárina, do Mauricio Dias, ela resolveu ganhar no tapetão.

Quer uma Lei Eleitoral só para ela.

Se não consegue – dentro da Lei – as assinaturas necessárias, mude-se a Lei.

E o PiG (*) - e, por extensão, o Gilmar Dantas (**) - a lhe dar cobertura.

Esta Santa Aliança – o PiG e Gilmar Dantas – será capaz de rasgar a Lei ?

E quem disse que as preferências pela Bláblárina nas pesquisas de opinião pública (sic) do Globope e do Datafalha se materializam em apoio, em voto, na hora em que onça for beber água ?

Uma coisa é pesquisa, outra, voto.

Até o Farol de Alexandria, o que comprou um apê do banqueiro do trensalão, já percebeu isso, quando disse que o Cerra sai sempre na frente nas pesquisas – e acaba atrás …

A Bláblárina é o que há de mais retrógrado em Política: é a negação da Política.

Quando não há Política, Congresso, TSE, o que sobra são os militares e os economistas de bancos – os que nada sabem de tudo e aparecem na GloboNews – onde as déspotas são, também, suaves.

E o Gilmar.

E o Ayres Britto, que adormeceu sobre o mensalão tucano.

Como diz o Paulo Moreira Leite, é singular: o Ayres Britto sai para o lanche e, na volta, se esquece do mensalão tucano.

Aí tem coisa !

Quem sabe não é a Bláblárina que vai sair dali, de outro cochilo ?

 




Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…