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Cardozo e os vândalos: muito pouco e muito tarde

O que é preciso fazer ele não faz: criar uma Guarda Nacional
publicado 31/10/2013
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Saiu no G1:

Governo cria grupo para conter violência nos protestos em SP e Rio



O Ministério da Justiça anunciou a criação de um grupo de inteligência integrado pela Polícia Federal e pelas secretarias de Segurança Pública de São Paulo e Rio de Janeiro para tentar conter manifestações violentas nas capitais dos dois estados.

Nesta quinta-feira (31), o ministro José Eduardo Cardozo, o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, e os secretários José Mariano Beltrame (RJ) e Fernando Grella (SP), se reuniram em Brasília para discutir o assunto.

(...)

Segundo o ministro José Eduardo Cardozo, ficaram definidas na reunião quatro frentes de atuação:

- um grupo de inteligência para evitar e punir abusos em protestos;

- criação de um protocolo unificado de atuação das polícias;

- criação de grupos operacionais nos estados entre Ministério Público e delegados para discutir as manifestações;

- criação de grupo composto por juristas para discussão de mudanças na legislação.

Navalha

Como diria o Barão de Itararé, de onde menos se espera daí mesmo é que não sai nada.

Como não vai em bola dividida e não peita a Polícia Federal, o ministro da Justiça criou grupos de trabalho para estudar.

Quer dizer que, finalmente, o Estado brasileiro terá "inteligência para evitar e punir (sic) abusos".

Onde já se viu "grupo de inteligência" punir abusos ?

Serão criados grupos operacionais com o Ministério Público para "discutir as manifestações".

Interessante.

"Grupos operacionais" se reunirão para discutir as manifestações.

Sai mais barato usar o Facebook ou o WhatsApp.

Quando você não quer fazer nada, cria grupo de trabalho, não é isso, amigo navegante.

Os vândalos vão balançar o coreto da Dilma.

Sobre uma Guarda Nacional e sua urgência, clique aqui .

Em tempo: que mecanismo político-masoquista induz a Presidenta a manter um ministro zé da Justiça ?

Em tempo2: será que os "juristas" encarregados de propor mudanças na Lei são, também, "eleitores" para candidatos ao Supremo ?


Paulo Henrique Amorim