Aécio joga FHC ao mar. Por enquanto
O Conversa Afiada demonstrou que o programa do Aécio era o FHC depois da lipo.
Aécio e os economistas neolibelês (*) pregavam uma revisão da Lei de aumento real do Salário Mínimo; vender a Petrobrax; e terceirizar o Bolsa Família para a Walmart.
Isso, para início de conversa.
Porque, no meio da conversa, seria aplicado um arrocho fiscal que exigiria os juros do Armínio Fraga (40%) e a mega valorização do Real (1 para 1, com o dólar) com os resultados conhecidos: a alegria dos bancos e a desgraça do setor produtivo no geral.
Aécio foi ao Rio Grande do Sul, recebido por 12 correligionários, fãs ardorosos da Yeda Crusius.
E lá tratou de demitir os jênios do Príncipe da Privataria.
Em 2002 e 2010, o Cerra tentou a mesma mágica: jogar o FHC ao mar.
Foi fragorosamente derrotado nas duas inesquecíveis oportunidades.
Aécio chegou a praticar a pirueta do Alckmin: jurar que não vai privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES e nem a Petrobras.
Lembram que o Alckmin vestiu a camiseta das estatais ?
O povo brasileiro acreditou tanto que elegeu o Lula e o Alckmin teve no segundo turno menos votos que no primeiro.
Aécio faz a mesma pirueta.
Pra cair no mesmo lugar.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.