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Bye-bye, segundo turno. Bláblárina afundou-se

Vai ser Dilma contra um tucano do trensalão, um Eduardo da escola particular e a Bláblárina sem tevê
publicado 03/10/2013
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O afundamento da Rede bláblárínica dispensa exegese.

Primeiro, a autoritária que se dissimula sob lenços coloridos, achou que ia levar no grito.

Depois, que as pesquisas eleitorais se imporiam sobre o TSE.

Que o PiG (*) e seus tambores subjugariam a Justiça.

E a arrogância de supor que levantar o número de assinaturas se daria por si mesma, sob o peso de sua popularidade (em 2010).

A verdade é que a rejeição pelo TSE deixa claro que a base social da Bláblárina é muito menor do que a sua atual posição nas pesquisas parece indicar.

Bláblárina, de fato, tem menos bala na agulha do que tinha em 2010.

Ela tem menos chão, menos eleitor, povo, do que alardeava.

A derrota da Rede expõe a fragilidade da tese do “inevitável segundo turno”.

Como se sabe, a Big House e seus trombones piguentos querem levar a eleição de 2014 para o segundo turno.

Por quê ?

Porque no segundo turno a Globo fica mais poderosa e o Supremo pode se tornar um Supremo paraguaio – e dar o Golpe.

Acontece que o segundo turno “inevitável “ se enfraquece, nesta quinta-feira.

A Bláblárina terá que se abrigar num partido frágil, sem tempo de televisão.

Será, em si mesmo, uma contradição, já que a premissa dela era “recriar” a política e os partidos.

E ela será obrigada a aderir a um velho partido ou a um novo com ideias “velhas”.

E sem tevê.

Do lado do partido do trensalão, o PSDB, Cerra resolveu ficar para infernizar o Aécio.

Para efeitos eleitorais, porém, seja o candidato Aécio ou Cerra, o PSDB terá um só candidato.

O outro candidato é o Eduardo Campriles , que vende escola particular como se fosse pública .

Diria o Janio , esse é apenas um outro embuste da lavra do Eduardo, que se resignou a ser Viagra do DEMO .

Então, será Dilma contra um tucano de trensalão, o Campriles e a Bláblárina sem rede.

Como diria o Galvão, depois do empate da Holanda, a coisa já esteve melhor para o Ataulfo (**).

Em tempo: foi um grande prazer assistir ao voto desesperado  do Gilmar Mentes (***), que defendeu a Bláblárina quando a derrota acachapante já pesava sobre sua toga.

A tese é interessante: reconhecer as assinaturas anuladas em nome da “proporcionalidade”.

É secundário invocar o principio da legalidade !, diz o douto criador do HC Canguru, essa notável jaboticaba da Justiça (?( brasileira !

É a tese do Ataulfo: Bláblárina não merece a “lei fria”.

O ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo anda a perder a serenidade.

Deve ser duro ficar isolado, sozinho.

Falando em alemão ...

Ele percebeu que o mundo girou e a Lusitana rodou.

Mas, pode haver outra explicação: solitário, isolado, mas com o monopólio de um espaço político.

Que ele ocupa, a cada voto.

E a cada entrevista.

Com a devida “proporcionalidade”.

Em tempo2: ao proclamar a maioria contra a ONG da Bláblárina, a presidenta do TSE, Cármen Lúcia, firme, altiva, deu uma aula sobre “legalidade” ao Gilmar (e ao Ataulfo).

Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse . Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".

(***) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para ver como outra notável colonista da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva (**) preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista (****) decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.

(****) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG(*) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.