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Déda fez política. Com “p” maiúsculo e minúsculo

O que mais o STF fez foi transformar a política numa coisa só: desprezível.
publicado 02/12/2013
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Saiu no Blog do Planalto, a nota de pesar da Presidenta Dilma pela morte deste grande homem público brasileiro Marcelo Déda.

Sua carreira de administrador e de líder trabalhista é impecável.

De um pequeno estado – na geografia e no PIB, apenas -, o governador de Sergipe sempre se opôs à hegemonia de São Paulo, inclusive dentro do PT, que abriga o zé que não sabe se vai achar o Pizzolato e o Suplicy, um tucano filiado ao partido.

O que chamou a atenção do ansioso blogueiro na nota oficial da Presidenta foi:

… “Marcelo Déda exerceu a Política com P maiúsculo”.

Navalha

Data vênia, presidenta Dilma, não há “política” com dois “pês”: política ou Política – é a mesma coisa.

Assim como não há Economia e economia, sociologia e Sociologia, diplomacia e Diplomacia, Medicina e medicina.

Nem Jornalismo e jornalismo.

É uma coisa só.

Há maus profissionais em todos os campos: da Estatística à Agrimensura.

Déda foi político.

A tentativa – certamente involuntária – de distinguir a “Política” da “politica” é exatamente o que têm feito, sistematicamente, os adversários do Déda e da Dilma.

Desqualificar a política para dar poder aos economistas de bancos – travestidos de colonistas (*) do PiG (**) - e aos ministros do Supremo Tribunal Federal.

É exatamente esse o mal maior da campanha mediática do presidente Barbosa, como observou, agudamente, o Marcos Coimbra, na Carta.

Estigmatizar a “Política” como “política”, como sinônimo de corrupção, de roubalheira, malfeito, safadeza, helicóptero, privataria, trensalão – é o que a Big House mais quer.

Quanto menos política houver – clique aqui para ler sobre o analfabeto político, aquele a quem o Lula e o Brecht se referiram, como indireta à Bláblárina -, mais fácil o Golpe.

É tirar o poder do Déda e dar ao Gilmar.

É isso o que significa desmoralizar a política.

Deda foi político.

Maiúsculo e minúsculo.

E o involuntário deslize presidencial, minúsculo.

 



Em tempo: por falar em desqualificar a política, leia “o ódio de Fernando Henrique a Lula chegou a paroxismo”; e clique aqui para ler sobre o papel político do Gilmar Dantas (***): “Gilmar ignora a Ética do Fux”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Clique aqui para ver como notável colonista (*) da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para ver como outra notável colonista (*) da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista (*) decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.