"Golpe está em desenvolvimento". (Na Venezuela também)
Após a confirmação de três mortos nos confrontos em Caracas, o presidente Nicolás Maduro afirmou que há "um golpe de Estado em desenvolvimento na Venezuela". Ele pediu que a população se una e disse contar com a colaboração dos países vizinhos.
Maduro lembrou do golpe contra Hugo Chávez, em abril de 2002, e disse que a intenção de alguns setores é repetir o filme: derrubar o governo com o uso da violência - e da televisão.
Milhares de pessoas foram às ruas da Venezuela nestes dias. Uns para apoiar Maduro e o legado de Chávez, outros para se opor ao governo venezuelano.
De um lado, reuniões em diferentes praças - em Caracas e por toda a Venezuela - de pessoas vestidas de vermelho e movimentos sociais. Comemoravam os 200 anos da 'Batalha da Vitória', na guerra de independência do país, e defendiam as ações do chefe de seu Estado e as recentes conquistas.
Do outro, simpatizantes da oposição e políticos se reuniram no centro de Caracas. Criticavam a política econômica de Maduro e exigiam, também, a libertação de universitários detidos em protestos no interior do país nos últimos dias.
Nos confrontos - com três mortos e mais de 30 feridos - uma curiosa revelação ganhou destaque. Um jovem preso garantiu que recebeu dinheiro para gerar violência no estado de Mérida.
Observe nas fotos que lá como aqui há manifestantes mascarados.
A quantia? 150 Bs, segundo o site venezuelano Aporrea.
Alguma semelhança com o que dizem receber os manifestantes no Rio de Janeiro? Veja aqui quanto recebiam Caio e Fábio, presos pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, segundo seu generoso advogado.
Clique aqui para ler "Quem financia ? Beltrame é quem vai cuspir os caroços".
Como se vê, as manifestações atingem a América Latina. A diferença é que, na Venezuela, Maduro já informou que as investigações estão em andamento e que há provas sobre os autores da violência.
Aqui, a Dilma depende da Polícia Federal do ministro José Eduardo Cardozo, o famoso zé da Justiça, com a retumbante ajuda da Abin.
Em tempo: Aporrea.org é uma agência de notícias alternativa popular da Venezuela. Traz informações explicadas a partir do ponto de vista dos partidários do presidente venezuelano, desde Chávez até Maduro.
O portal nasceu em 2002, com objetivo de rebater o ataque da elite venezuelana contra o governo do presidente Hugo Chávez e o golpe (o "golpe da mídia", como eles mesmos se referem). Também saíram em defesa das conquistas da Constituição da República Bolivariana da Venezuela.
Gonzalo Gómez, revolucionário venezuelano, foi o fundador e contou com a colaboração de líderes populares com longa experiência nos movimentos sociais venezuelanos. O site é mantido por uma equipe de voluntários, cujo trabalho é um serviço social e não comercial, sem fins lucrativos.
Aporrea é sigla para Asamblea Popular Revolucionaria Americana. O site é membro da Associação Nacional de Mídia Comunitária, Livres e Alternativas (ANMCLA).
João de Andrade Neto, editor do Conversa Afiada com a colaboração do amigo navegante Ivo Augusto de Abreu Pugnaloni