Dudu só cumprimenta o Merval
O evento foi promovido pela Americas Society, uma instituição da família Rockefeller, com sede em Nova York.
(O patrono da Society era David Rockefeller, muito amigo do Dr Roberto Marinho.)
A instituição sempre foi um instrumento - secundário - da articulação dos interesses do patronato americano na América Latina.
(O ansioso blogueiro diz isso porque lá esteve muitas vezes, no simpático prédio da Avenida Park.)
O Dudu Campriles esteve nesta terça-feira, em São Paulo, num evento da Society, quando falou (muito mal da Dilma) a executivos de empresas americanas.
(Antes, ele falava mal da Dilma a empresários, mas pelas costas. Agora, é pela frente. Do Lula, que o inventou e produziu a "milagrosa" administração dele em Pernambuco, o Dudu não fala mal. Em público.)
Estava lá na primeira fila, atento, como aluno disciplinado, o Ataulfo Merval de Paiva (*).
Ele costuma transitar nas organizações oficiais e não oficiais do Governo americano, como demonstrou o WikiLeaks.
Entra o Dudu na sala para o histórico pronunciamento.
E cumprimenta só uma pessoa da plateia.
Na primeira fila.
Quem ?
O Ataulfo !
Sorrisos cúmplices !
Pena que o Ataulfo não tratasse disso em sua colona (**) de hoje, no Globo Overseas.
(Não se pode confiar em todos de uma plateia tão numerosa. Há sempre um estraga-prazeres.)
Veja, amigo navegante, na altura dos 7m20s o encontro de gigantes (do Norte).
Em tempo: quando o Dudu Campriles vai criticar o regime de partilha da Petrobras ? Como votarão os senadores do partido dele na questão da CPI da Petrobras ? A Americas Society estará de olho, Dudu !
Paulo Henrique Amorim
(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.