Padilha quer destravar obras de infraestrutura em SP
O Conversa Afiada reproduz informações de passagem de Alexandre Padilha por Nova York:
Padilha diz que investidores podem acreditar em São Paulo e em PPPs para destravar as obras de infraestrutura no Estado
Em Nova York, o coordenador da Caravana Paulista foi orador de honra no “Brazil Summit 2014”, conferência de negócios com cerca de 300 investidores;
Padilha propôs um choque de século 21 para a Educação no Estado de São Paulo
Nova York (EUA), 14 de abril de 2014 - O coordenador da Caravana Horizonte Paulista, Alexandre Padilha, iniciou nesta segunda-feira, 14 de abril, uma rodada de seis dias pelos Estados Unidos para cumprir uma agenda centrada em quatro pontos: falar com investidores internacionais, discutir experiências de educação, acompanhar projetos de segurança e visitar empresas de inovação.
Na manhã desta segunda-feira, em Nova York, Padilha foi o orador de honra no “Brazil Summit 2014”, conferência de negócios promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Padilha convidou os de cerca de 300 investidores presentes ao evento a apostar em São Paulo, em parcerias entre o poder público e a iniciativa privada, para superar o gargalo de infraestrutura. O coordenador da caravana Horizonte Paulista citou diversas áreas onde essa parceria é necessária: na expansão do Metrô, no desenvolvimento das hidrovias, na recuperação do sistema ferroviário no Estado, nas áreas de saneamento e captação de água, entre outras prioridades.
“Temos de superar a lentidão como marca de um governo”, disse ele, ao criticar a restrita malha de metrô feita nos governos do PSDB em São Paulo. A cidade possui apenas 6 quilômetros de linha para 1 milhão de habitantes, um dos mais baixos índices do mundo. “Queremos um governo a serviço da sociedade”, afirmou.
Após o evento, Padilha almoçou no Conselho das Américas, com outro grupo de executivos, onde citou exemplos de obras do Governo Federal que andaram com a velocidade que os paulistas gostam. É o caso do Aeroporto de Guarulhos, que depois do leilão para a Parceria Público-Privada, vai ter seu novo terminal inaugurado no próximo mês, expandindo sua capacidade de operação em mais de 40%. Em outro exemplo, ele citou o Porto de Santos.
“Lá, o que era de responsabilidade do Governo Federal foi feito: dragagem, expansão, os navios operam com mais agilidade, tem mais terminais”, explicou Padilha. “O problema hoje é o acesso ao porto, de responsabilidade do Governo do Estado.”
Na parte da tarde, o coordenador da Caravana Horizonte Paulista se reuniu com Stanley Litow, vice-presidente de Assuntos Corporativos da IBM, idealizador de um programa de educação estendida, que permitiu a alunos do ensino médio, da rede pública de Chicago e de Nova York, darem um salto de qualificação. “Temos de provocar um choque de século 21 na nossa educação”, defende Padilha. Na sexta-feira, 18 de abril, ele debaterá o tema no Centro Lemann de Inovação em Educação na Universidade de Stanford, na Califórnia.
Na área de segurança, Padilha verá como funciona o Real Time Crime Center, em Nova York, que ajudou a reduzir os índices de criminalidade ao, entre outras coisas, fornecer informações instantâneas, 24 horas por dia, 7 dias na semana, para os 37 mil policiais da cidade. Em Chicago, ele terá um encontro com Gary Slutkin, fundador da ONG “Cure Violence”, um médico que aplica modelos de combate a epidemias para fazer prevenção e tratamento em regiões de alto índice de violência. Na quarta-feira, o coordenador da Caravana Horizonte Paulista fará uma visita ao Centro de Gestão de Emergências e Comunicação de Chicago.
Caravana Horizonte Paulista
Criada para abrir um amplo diálogo com todos os segmentos da sociedade, a Caravana Horizonte Paulista tem promovido debates e eventos em todas as regiões do estado de São Paulo desde o início de fevereiro. Coordenada pelo ex-ministro Alexandre Padilha e com o slogan “um horizonte sem limites”, a caravana tem mantido diálogos com lideranças políticas, comunitárias, empresariais, sindicais, universitárias e sociais (representantes da juventude, mulheres, negros, índios e movimentos sociais). O objetivo é construir um plano de governo criativo e factível para São Paulo a partir desses diálogos.
A primeira caravana visitou as regiões de Ribeirão Preto, Barretos e Campinas. A seguinte percorreu o Vale do Ribeira. A terceira caravana esteve nas cidades do Alto do Tietê, incluindo Guarulhos, Mogi das Cruzes, Suzano e Salesópolis, a quarta passou por todas as cidades do litoral paulista, de Ubatuba a Peruíbe, a quinta caravana passou pelas regiões da Alta Paulista e Presidente Prudente, a sexta por Osasco, Carapicuíba e Juquitiba. A mais recente ocorreu em Araçatuba. Ao todo, já foram mais de 80 cidades visitadas.