Edson: eles querem rasgar a partilha
Nesta quarta-feira (16), o deputado Edson Santos (PT-RJ) afirmou que por trás da tentativa de instalação da CPI da Petrobras há motivos políticos que se dão "porque o lucro do pré-sal ficará no Brasil", em referência ao modelo de exploração, de partilha, adotado durante o governo Lula, em decorrência ao de concessão, que vigorou no governo de Fernando Henrique Cardoso.
"Quem quer mudar (o modelo) está atendendo ao desejo de grandes empresas de petróleo do mundo", disse durante o depoimento do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, na Câmara dos Deputados.
(Clique aqui para ler "Cerveró cerverou a CPI")
"Eles esperam uma pessoa que mude a exploração e viabilize a volta do modelo de caráter colonialista".
O deputado lembrou da promessa feita, em 2010, pelo candidato à presidência José Serra (PSDB-SP) a uma petroleira americana, de que mudaria a forma de explorar o petróleo, caso vencesse as eleições, como foi divulgado pelo WikiLeaks.
(Leia aqui "WikiLeaks: as conversas de Serra com a Chevron sobre o pré-sal")
O deputado disse ainda que o PT não teme a CPI, diferente de parte da oposição que não quer uma CPI que investigue o cartel dos trens, montado durante gestões do PSDB, em São Paulo.
Quanto ao depoimento do ex-diretor da estatal, Santos afirmou que "quem veio para obter esclarecimento técnico sai satisfeito".
A oposição também foi alvo de críticas da bancada do PT no Senado. Em nota, os senadores afirmam "que a estatal é utilizada como instrumento eleitoral pelo PSDB, que pretende apagar da memória dos brasileiros as ações do governo FHC contra a empresa." A íntegra pode ser lida aqui.
Clique aqui para ver "CPI: quem ganhou com a Petrobrax ?".
E aqui para "O pré-sal do PT é uma revolução. Daí, a CPI"