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Cerra é que fez acordo com a Labogen

O que não significa que tenha sido lesivo aos cofres públicos.
publicado 25/04/2014
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Fernando Brito, como sempre, desmoraliza tucanos, piguentos e seus agentes federais:


Quem fez convênio com a Labogen foi Serra, no Governo FHC




Publico essa informação do título, que você vê retratada na ilustração e que pode ser confirmada no Portal da Transparência do Governo Federal apenas para que se veja como a leviandade pode dar margem à injustiça.

Não significa dizer que estes convênios sejam desonestos ou que, por eles, José Serra tenha recebido qualquer vantagem indevida.

Só uma apuração detalhada poderia dar margem a se pensar algo assim e é exatamente o contrário disso que se está fazendo com o ex-ministro Alexandre Padilha.

Uma acusação irresponsavelmente espalhada, sem um mínimo de checagem e, até, de lógica, se não existirem outros elementos além do quase nada que foi divulgado.

Conheço apenas de vista o ex-Ministro Antonio Padilha e ele sequer sabe quem eu sou.

Portanto, não posso dar nenhum testemunho sobre ele, mas posso olhar fatos.

Mas esta história do “executivo” que ele teria indicado, segundo os jornais publicam irresponsavelmente,  a uma empresa do tal doleiro Alberto Yousseff não fecha.

O tal “executivo” ocupou um cargo de quinto escalão no Ministério, de fato, mas de sexto escalão (os cargos têm, após o Ministro, os códigos NE, DAS 101.6, 101.5, 101.4 e, depois, o que ele tinha 101.3, na área de eventos).

O tal Marcus foi nomeado Assessor de Eventos em 2011, quando a remuneração não chegava a R$ 4 mil (hoje são R$ 4300), a partir de 17 de maio de 2011. E exonerado no dia 1° de agosto do mesmo ano.

Mesmo neste inexpressivo cargo, portanto, ficou por dois meses e meio ou, como se diz, nem esquentou a cadeira.

O tal documento da PF que os jornais usam como base falam de uma suposta indicação em 28 de novembro de 2013.

E que André Vargas passa o contato do cidadão a Yousseff dizendo que Padilha o indicou. Indicou a quem, se é que indicaria alguém a quem demitira há mais de dois anos.

Se Padilha indicou, porque é André Vargas passa o contato do cidadão a Yousseff?

Este André Vargas, a quem o próprio Estadão chama de “bocão”, estaria “vendendo” uma indicação?

A única coisa que esta acusação – ou a troca de mensagens – prova é a de que André Vargas não tinha uma simples amizade casual com Yousseff.

Aliás, o comportamento deste deputado, como já se viu, é péssimo. Quem não cuida de sua própria reputação, vai cuidar da alheia?


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