Dilma não vê a Globo
Dilma não vê a Globo: recebe num clipping escrito os títulos das “reportagens” misturados aos títulos do PiG (*) e do detrito sólido de maré baixa.
Não vê nunca ?
Nunca !
Sobre o PiG, ela não tem dúvida: eles todos querem me derrubar !
Mas não vão conseguir, porque eu vou à luta.
Essa vai ser uma campanha sangrenta, mas estou pronta.
(Ela se refere com entusiasmo aos dados da mais recente pesquisa de Marcelo Neri - clique aqui para ler “Neri – o Brasil está mais prospero e menos desigual”)
Ela pouco falou dos adversários – talvez porque ainda não tivesse visto a sensacional exibição de Arrocho Jackson.
Fez apenas uma observação – sem citá-lo – sobre uma das poucas ideias do Dudu Tenho Jatinho porque Posso: pergunta ao Banco Central se dá para fazer uma inflação de 3% sem desemprego !
Pergunta !
Vai a 18% !
Emprego, emprego, emprego – se depender dela, a campanha vai girar em torno disso.
Emprego e Educação.
Pronatec, muito Pronatec – ela não pretende faltar a uma formatura !
ProUni, Enem: Educação vai ser outro tema que vai explorar.
E se vierem de Saúde, ela volta de Mais Médicos !
Vai ter também muita cisterna.
Ela se orgulha do número de cisternas que espalhou pelo Nordeste e diz:
Isso, o companheiro Alckmin não fez …
Ela está para o que der e vier.
Ao debate da Record ela vai.
Sobre o da Globo, no sábado antes da eleição, sem horário eleitoral para se defender da edição do Gilberto Freire com “Ï” (**), sobre essa armadilha ela não falou. (Clique aqui para ler “o primeiro Golpe o “i” já deu: falta o segundo”)
Leia “debate, não, Dilma; pool !”.
Comentou a queda de audiência da Globo.
E arriscou, como telespectadora, uma explicação: é porque o IBOPE - aqui chamado de Globope – começou a fazer hedge para a chegada do IBOPE alemão …
(Agora, imagina quanto a Globo faturou – sem merecer - à custa do IBOPE, ANTES da notícia de que os alemães vinham … Essa observação é do ansioso blogueiro e, não, dela.)
Algumas ideias a apresentar na campanha: trazer trabalhadores estrangeiros para o Brasil.
Intensificar o Ciência sem Fronteiras.
E os caras da FIFA ?
O interlocutor perdeu essa resposta ...
E o Lula ?
Está comigo e não abre.
Pano rápido.
Em tempo: essas declarações – não literais – foram feitas ao longo de uma conversa de duas horas, em off. E, como todo bom off, vazaram...
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.