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Dudu, o mágico: reforma sem aumentar imposto

Globope e Datafalha inflam esse rapaz: ele nao passa de 5%. Fernando Brito
publicado 06/08/2014
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De Igor Felippe, no Escrevinhador:


Os super-poderes de Eduardo Campos: reforma tributária sem aumentar impostos




O sistema de tributação é um dos grandes problemas nacionais.

Não existe uma alma viva que acredite que o complexo de dezenas de impostos seja bom para o Brasil.

Assim, a questão é outra. Não é suficiente fazer o diagnóstico correto do problema, mas apontar como fazer a tal reforma tributária.

Objetivamente, mudar pra valer o modelo de tributação implica tirar de uns e dar para outros.

Fazer a reforma tributária mexe diretamente com estados e municípios, capital industrial, comercial e bancário, setores exportadores e importadores, ricos e pobres, empresários e trabalhadores.

No entanto, ninguém aceita perder.

Aí que a porca torce o rabo.

Qualquer candidato pode prometer fazer a reforma tributária – assim como pode prometer o céu na terra.

Sem responder como conseguir um nível de unidade política que viabilize a aprovação de uma proposta no Congresso, o mantra “reforma tributária” não passa de uma profissão de fé.

Nesta terça-feira, o candidato à presidência da República, Eduardo Campos, prometeu fazer a reforma tributária.

E foi além: vai modificar o sistema de tributação sem aumentar impostos para ninguém.

Ou seja, o candidato acredita que é possível fazer uma mudança no sistema tributário sem ganhadores e perdedores.

A conclusão é a seguinte: Eduardo Campos colocará de forma abnegada à disposição da Nação os seus super-poderes para fazer milagres…

Abaixo, leia reportagem da Agência Brasil.


Campos diz que fará reforma tributária sem aumento de imposto



Por Isabela Vieira

O candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) se comprometeu hoje (5) a fazer uma reforma tributária, se eleito, sem aumento de impostos. Durante encontro com entidades representativas dos fiscos municipais, estaduais e federal, no Rio de Janeiro, ele recebeu documento que propõe reduzir a tributação sobre as classes de menor renda. O texto defende uma arrecadação progressiva e com menor carga sobre o consumo.

Ao receber as propostas, o presidenciável classificou como “injusta” a carga tributária no país, por induzir a reprodução de desigualdades socioeconômicas. “De um lado, como foi dito aqui, temos entre 35% a 37,5% de carga tributária no Brasil e, por outro lado, uma sociedade querendo serviço e qualidade de vida melhor, com saúde e educação”, afirmou. Ele se comprometeu a envolver estados e municípios nas mudanças.

Campos concordou com as instituições fiscais, que calculam em 60% a defasagem da tabela do Imposto de Renda, e se comprometeu com a solução do problema, além de criticar os “fundamentos injustos” para se determinar o valor de impostos. “Não dá para achar que é normal o Imposto de Renda incidir na renda de alguém que ganha R$ 1,8 mil. Não é normal pagar tributos em moto de 125 cilindradas, que leva o trabalhador para o seu trabalho na construção civil, e não cobrar de uma aeronave particular”, afirmou.

O candidato também questionou a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros e a taxação mais alta das bicicletas, veículos não poluentes, e disse que o sistema tributário deve favorecer o modelo de desenvolvimento do país. “Ou seja, se tem alguém que produz poluindo menos, não pode ser tratado como o empreendimento que polui mais. Se a aposta é em ciência, tecnologia e inovação, não pode ser tratado como alguém que não quer inovar”.

Durante o evento, a candidata a vice na chapa, Marina Silva, disse que é necessário um sistema tributário mais simples e transparente, com “justiça tributária”. Para eles, sem a reforma tributária, os avanços sociais serão diluídos. Para eles, mudanças na tributação devem ter como meta “liberar a renda dos mais pobres para o consumo e desonerar investimentos”.

O presidente do Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno, explicou que a última correção da tabela do Imposto de Renda, com base no aumento da inflação, foi feita em 1996. “Se fizéssemos a correção, o limite de isenção saltaria de R$ 1.787 para cerca de R$ 2,8 mil, ou seja, aproximadamente 60% [de crescimento] do atual. Isso significa que, se o governo corrigisse a tabela, as pessoas que ganham nessa faixa de renda não precisariam pagar o imposto que estão pagando hoje”, explicou.

Os representantes da Chapa Unidos pelo Brasil acrescentaram que, para dar conta dos desafios na área tributária e para aperfeiçoar a democracia, o serviço público deve ser fortalecido. Na área fiscal e trabalhista, por exemplo, são necessários concursos para recompor os quadros, citou Campos.




Clique aqui para ler "O Brasil tem um mercadode massa. Quem vai atendê-lo ?


Em tempo: Do Tijolaço, de Fernando Brito:


O “corpo a corpo” de Eduardo e Marina no Rio. As pesquisas vão insistir com ele?



Faz tempo que este blog afirma que Eduardo Campos está “inflado” nas pesquisas eleitorais.

Com Marina ou sem Marina, dificilmente terá 5%  dos votos.

Hoje, o “corpo a corpo” de Eduardo e sua vice, na Cinelândia, foi, digamos, quase incorpóreo.

A foto aí de baixo foi objeto da seguinte nota no jornal Extra:

“O candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) e sua vice, Marina Silva (Rede), fizeram um corpo a corpo inexpressivo na Cinelândia, na tarde desta terça-feira.

Eram poucos os que se aproximavam para pedir foto ou cumprimentar os candidatos. Viraram motivo de piada:

“Eu reúno mais gente nas minhas reuniões no comitê. Descontando repórteres, assessores e candidatos a deputado devem restar uns três eleitores”, brincou o vereador Renato Cinco, após postar foto do pequeno grupo em seu Facebook.”


Eduardo Campos só existe na mídia porque um voto para ele vale tanto quanto um voto para Aécio Neves, porque a oposição não disputa coisa alguma senão um segundo turno.

Para, então, despejar toda a sua força numa batalha final.

Dudu deu xabu.