Padilha: Alckmin faz política com a água
Do Estadão:
Não subestimem a força do PT, diz Padilha
Quarto convidado da série Entrevistas Estadão, candidato petista ao governo de São Paulo minimiza rótulo de candidato 'poste' de Lula e baixo índice de intenção de voto
São Paulo - O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, minimizou seu desempenho nas pesquisas recentes de intenção de voto, atualmente em 5%, e disse contar com total apoio do partido em torno de sua candidatura. "Não subestimem a força do PT", afirmou. Quarto convidado da série Entrevistas Estadão, o petista focou seu discurso em ataques aos 20 anos de gestão tucana no Estado e acusou o atual governo de fazer uso político da crise hídrica e de ser leniente com facções criminosas.
A candidatura do ex-ministro da Saúde foi uma aposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para chegar ao comando do Palácio dos Bandeirantes. A escolha de um nome pouco conhecido do eleitorado repete estratégia adotada pelo petista em 2010, com a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência e com Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, em 2012. Padilha evitou ser definido como um candidato "poste", termo usado pelo próprio Lula. "Posso dizer o que é ser um candidato apoiado pelo Lula e pela Dilma", disse. "Nunca o PT esteve tão unido em torno de uma candidatura em São Paulo como está da minha", complementou.
Crise hídrica. Padilha rebateu as declarações do governador Geraldo Alckmin (PSBD), para quem há "exploração política" da crise de abastecimento que atinge o Estado. "Quem está fazendo uso político desta crise é o atual governador, que está matando a Cantareira por causa da eleição", diz Padilha.
Para o candidato, o manejo dos sistemas hídricos foi equivocado e causou grave dano ambiental. "Eu defendo soluções inovadoras (paga água), de estímulo, para os empresários utilizar água de reúso", exemplificou.
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