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Bláblá, o Hitler governou sem o PMDB

Quem não tem partido tem um banco por trás - Dilma Rousseff
publicado 17/09/2014
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O Conversa Afiada reproduz (de um periódico de circulação decadente) artigo rápido e mortífero do professor Wanderley Guilherme dos Santos, dirigido ao estômago daquela que, segundo o Lula, vai governar sem os partidos, com "o mió do mió"...:


“Se é um governo democrático tem que governar com o parlamento. Afinal, todos os grandes programas de governo tiveram e têm que passar pelo parlamento: minha casa, minha vida, bolsa família, partilha do pré-sal, etc. Governar com o parlamento significa governar com os partidos. Se os partidos cobram pelo apoio, isso faz parte da competição institucional e está longe de significar, em si mesmo, um loteamento do Estado. Não é uma visão cor de rosa, pois ainda assim existem abusos. O que digo é que negociação, em si, faz parte da democracia.


Se um deputado briga pra caramba para conseguir uma UPP para sua comunidade e ameaça não dar seu voto ou se ausentar do plenário na hora da votação o jornalismo político diz que esse cara só faz serviço de clientela. Pode? – Sim. Eles estão lá para fazer esse serviço de clientela do bem, respeitados os limites da boa educação política. É o preço da democracia e quem acha que sem ela não haveria corrupção é muito ingênuo. Na democracia ateniense, que, a rigor, nem era tão democrática, a venda de voto corria solta, nas ruas.


Nenhum governo é descaracterizado total nem mesmo sensivelmente pela corrupção nele ocorrida. Pode parecer cínico, mas é o seguinte: caso não houvesse nenhuma corrupção, os governos JK, FHC e Lula, para dar três exemplos famosos, teriam sido exatamente o que foram, só que mais baratos. Isso é para dar a noção de que, exceto em tiranias conhecidas, é impossível submeter a democracia a desígnios de burocratas ou políticos ou empresários corruptos.


Wanderley Guilherme dos Santos



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