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Wagner dá músculo à Defesa

FHC entregou a comunicação reservada das Forças Armadas aos americanos. Wagner vai buscar de volta.
publicado 07/01/2015
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A ida de Jaques Wagner foi um prêmio ou um prêmio de consolação ?

Wagner é um tríplice coroado.

Ganhou três eleições na Bahia, no primeiro turno, contra o carlismo, a Globo e os institutos de “pesquisa” que previram suas três derrotas.

Carlismo, Globo e institutos de “pesquisa”, na Bahia, são, como diz o Mino, “tudo a mesma sopa”.

(Se um pesquisador do Datafalha ou do Globope se identificar na Bahia corre o risco de levar uma surra.)

O Conversa Afiada defendeu que Wagner fosse o chefe da Política no Dilma-II.

Estivesse onde estivesse, ele seria um embaixador plenipotenciário da Presidenta para as Grandes Negociações.

É possível que Dilma o quisesse na Casa Civil.

Ela e Wagner sedimentaram a amizade na Praia de Inema, na Ilha dos Frades, na Bahia de Todos os Santos, onde fica a unidade da Marinha onde ela passa as férias.

Tinha um problema.

Dilma o queria logo após a consagradora reeleição, mas Wagner não poderia deixar o Governo da Bahia.

Mercadante desempenhou papel estratégico nessa curta e atribulada transição, quando o Aécio achou que tinha vencido, com o apoio da minoria do povo brasileiro – e do PiG.

(A maioria era, então, acusada de “burra” e “bovina”.)

E no TSE se ameaçava com a rejeição das contas da Dilma.

Dois terceiros turnos...

Cada uma …

Voltar para o Ministério das Relações Institucionais seria voltar para onde Wagner já esteve, no Governo Lula.

Poderia ser o de Minas e Energia, onde estiveram vários baianos.

Ou na Petrobras, como se chegou a cogitar, no Instituto Lula.

Mas, Wagner não quis.

E ele mesmo apareceu com a pretensão secretamente acalentada, faz tempo: a Defesa.

Wagner desde logo compreendeu a nova relevância da Defesa, com a descoberta do pré-sal, riqueza cada vez mais viável.

A Defesa da Amazônia Azul.

O lançamento dos submarinos a propulsão nuclear.

O valioso acordo tecnológico para produzir os caças Gripen suecos.

O acordo com a China para lançar foguetes e administrar os satélites que vão reestabelecer a soberania nacional na coordenação do trabalho dos caças e dos submarinos.

Como se sabe, um dos atos mais servis do Príncipe da Privataria foi privatizar a Embratel para a americana (americana !) MCI, que quebrou e se vendeu a preço de banana ao mexicano-americano (é um oxímoro) Carlos Slim.

FHC entregou aos americanos a comunicação reservada dos Forças Armadas brasileiras !

Wagner vai retomar a posse da soberania brasileira, nesse setor vital.

Já, já Wagner vai submeter à Presidenta os nomes para preencher o cargos de chefes da Marinha, Exército e Aeronáutica, porque os atuais ali estão desde o primeiro Governo Lula.

E quem disse que Wagner não vai tratar da Política ?

Impossível.

Ele e Dilma se falam sempre.

Wagner não vai levar a política para a Defesa.

Mas, defender a Dilma do PMDB e de seus Varões da Ética, como o Eduardo Cunha que caiu na Lava Jato.

(De um deles ela já se livrou: o Wellington Moreira Franco. Mas, para o lugar veio o Padilha, outro imaculado peemedebista, da cota do Temer ...)

Ela terá um Ministro da Defesa que é 100% político.

Um político vitorioso, de forma incomparável na Política brasileira.

É do que a Defesa precisa, nesse momento crucial.

Para que o Brasil tenha uma Defesa do tamanho do Brasil.

Um político como Wagner é um prêmio.

Aos militares brasileiros, em primeiro lugar.


Paulo Henrique Amorim