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Seca: Cerra é teu outro nome !

De que vive o Cerra ?​
publicado 22/01/2015
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Cerra entrega.

Entregou a Vale a preço de Vale, segundo o insuspeito depoimento de seu melhor amigo, o Príncipe da Privataria.

(Cerra tem amigos, amigo navegante ? Talvez o dos chapéus (ver no ABC do CAf) seja o único, aquele com quem troca receita de veneno de madrugada.)

Cerra entregou a Light, no Rio, numa cena de comovente ternura com a Elena Landau, que participou da entrega.

(Light é aquela empresa que estoura bueiros na cara dos cariocas.)

Cerra faz parte da gloriosa equipe de tucanos que entregou a Eletropaulo à AES americana, que provoca apagões e, no auge da crise, reduz o número de empregados, como informa o próprio Secretário de Energia do Alckmin.

Sobre a seca.

Cerra faz parte da gloriosa equipe de tucanos que vendeu a Sabesp na Bolsa de Nova York e, em lugar de investir, pagou dividendos.

Cerra canibalizou a Sabesp.

Na gloriosa campanha presidencial de 2010, quando tomou uma surra muito maior do que a do Aécio, Cerra transformou a Sabesp numa central de mídia para vender sua candidatura.

A Sabesp anunciava a entrega de canos no Acre, e construir um cano que ia de Sergipe ao Ceará.

Cerra faz qualquer coisa.

Ele compra também.

Ministro da Saúde, comprou ambulâncias superfaturadas, segundo investigação irretocável da Corregedoria Geral da União.

Cerra escreve.

Escreve como é: medíocre.

O homem é o estilo.

Ao longo de 50 anos de vida pública, desde que fugiu para o Chile, no Golpe de 1964 e apareceu nos Estados Unidos, desde então não se sabe de uma única, mísera ideia original, genuína de sua lavra.

É um catedrático do óbvio, diria o Nelson.

Um jênio do vídeo tape !

(O Fernando Henrique, pelo menos, teve ideias próprias. Especialmente quando usava o método marxista de análise da realidade.)

O Cerra escreve nesta quinta-feira (22/01), no comatoso Estadão, um conjunto de críticas ao ajuste da Dilma.

E insiste no “câmbio”.

Como se sabe, por uma genética fidelidade à FIE P (também no ABC do C Af), Cerra tem fixação no “câmbio”.

Tudo acaba no “câmbio”.

Descobriu a pólvora …

(Só em São Paulo. Não fosse o PiG, esses tucanos …)

O título do artigo é chupado de Fernando Pessoa: “cadáver adiado que procria”.

É a Dilma.

Não há uma observação que não tenha sido feita, antes, por tucanos e petistas.

Da Urubóloga ao Dirceu.

Menção ao Piketty ?

Defesa de um imposto sobre fortunas ou a CPMF renovada ?

Nem pensar.

Cerra jamais trairá aquele 1% que tem renda superior a 99%.

Mas, no fim do inútil artigo, ele sugere ao próprio partido “fazer propostas, apresentar soluções”.

Quais ?

Ele não tem !

Se forem aqueles do Bacha, que levou uma surra do Larry Summers, eles não vão a lugar nenhum.

Só tem uma coisa que o Cerra jamais explica: de que vive ele ?


Paulo Henrique Amorim