Política

Você está aqui: Página Inicial / Política / 2015 / 01 / 23 / Movimentos imprensam o Levy

Movimentos imprensam o Levy

Stedile e Vagner vão pra rua ! E o PT ?
publicado 23/01/2015
Comments

O Conversa Afiada reproduz matéria da Carta Capital:


Esquerda brasileira se une contra ajuste fiscal e por reformas populares



Por Douglas Belchior

Um grupo que reúne as principais organizações políticas de esquerda do Brasil, lideradas por MTST e MST, decidiu se unir em torno de uma Frente pelas Reformas Populares.

Depois da eleição de Dilma e dos sinais práticos que o governo tem dado em favor dos interesses do mercado financeiro e do agronegócio, é consenso entre os diversos movimentos sociais que há uma necessidade latente de se construir uma ampla unidade dos setores progressistas, que de maneira independente, pressione o governo no sentido de fazer avançar os direitos sociais e ao mesmo tempo barrar retrocessos.

Um destaque importante foi a inclusão como um dos eixos principais o combate à repressão às lutas sociais e ao genocídio da juventude negra, pobre e periférica, prática essa institucionalizada pela lógica de uma política de segurança pública bélica e racista.

Além de MTST e MST, assinam o documento organizações ligadas à Igrejas, centrais sindicais, Psol, movimento negro, movimento de mulheres e até mesmo agrupamentos mais próximos e ligados ao PT.

Leia a íntegra da declaração:



DECLARAÇÃO DA FRENTE PELAS REFORMAS POPULARES



São Paulo, 22 de janeiro de 2015


As organizações sociais e políticas que assinam esta declaração entendem que é urgente e necessária a construção de uma frente  que coloque em pauta o tema das Reformas Populares no Brasil.


Esta frente terá o objetivo de concretizar uma ampla unidade para construir mobilizações que façam avançar a conquista de direitos sociais e bandeiras históricas da classe trabalhadora. Buscará também fazer a disputa de consciência e opinião na sociedade. Por sua própria natureza será uma frente com independência total em relação aos governos.


Neste momento, a proposta de ação da frente se organizará em torno de 4 grandes eixos:


1) Luta pelas Reformas Populares;


2) Enfrentamento das pautas da direita na sociedade, no Congresso, no Judiciário e nos Governos;


3) Contra os ataques aos direitos trabalhistas, previdenciários e investimentos sociais;


4) Contra a repressão às lutas sociais e o genocídio da juventude negra, pobre e periférica.


Num cenário de demissões, tentativas de redução salarial e cortes de direitos é preciso colocar em pauta o enfrentamento da política de ajuste fiscal do Governo Federal, dos Governos Estaduais e Prefeituras. Defendemos a imediata revogação das MPs 664 e 665/14, que representam ataques ao seguro-desemprego e pensões.


Chamamos também para a necessidade de enfrentar o aumento de tarifas de serviços e concessões públicas, como o transporte urbano, a energia elétrica e a água. Não aceitaremos que os trabalhadores paguem pela crise.


Neste sentido, a Frente adotará os seguintes encaminhamentos:


- Construir conjuntamente o dia de lutas de 28/1 chamado pelas centrais sindicais;


- Apoiar e construir lutas em relação ao ajuste fiscal e ataque a direitos sociais, o aumento das tarifas do transporte, a falta d’água, a criminalização das lutas sociais e o genocídio da juventude nas periferias;


- Realizar mobilizações em torno do mote “Devolve Gilmar” visando imediato julgamento pelo STF da Ação da OAB contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais;


- Apoiar as Jornadas pela Reforma Urbana e pela Reforma Agrária, em março;


- Organizar um Dia Nacional de Lutas unificado, com indicativo entre março e maio.


- Realizar um Seminário Nacional para avançar na plataforma e construção da Frente, com indicativo para 7/3.

Assinam:


Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)


Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)


Central Única dos Trabalhadores (CUT)


Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)


Central de Movimentos Populares (CMP)


União Nacional dos Estudantes (UNE)


Coletivo Juntos


Coletivo Rua


Fora do Eixo


Intersindical – Central da Classe Trabalhadora


União da Juventude Socialista (UJS)


Uneafro


Unegro


União Brasileira de Mulheres  (UBM)


Igreja Povo de Deus em Movimento


Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras)


Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade


Serviço Inter-Franciscano de Justiça, Paz e Ecologia


Movimento Nós da Sul


Movimento Popular por Moradia (MPM)


Coletivo Arrua


Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL)


Rede Ecumênica da Juventude (REJU)


Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC)


Fórum Ecumênico ACT Aliança Brasil (FEACT)


Articulação Igrejas e Movimentos Populares



Leia mais:


Assim o PT não acaba



Draghi faz Levy dar umas pedaladas

Conteúdo relacionado
Draghi faz Levy dar umas pedaladas